Em vídeo, a Dra. Renata D’Alpino, oncologista clínica do Centro Paulista de Oncologia (Grupo Oncoclínicas) e diretora científica do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), comenta sobre a especificidades do tratamento desse tipo de tumor
O câncer colorretal é o segundo mais comum em mulheres e o terceiro nos homens no Brasil. Apesar de só 20% dos portadores se apresentarem já com a doença nessa fase, boa parte dos que são diagnosticados nos estadios I, II ou III podem desenvolver metástase. Em vídeo, a Dra. Renata D’Alpino, oncologista clínica do Centro Paulista de Oncologia (Grupo Oncoclínicas) e diretora científica do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), falou sobre em que pé estão os avanços no tratamento desse tipo de câncer.
Dra. Renata iniciou pontuando que para decidir o tratamento de primeira linha, é necessário levar em conta fatores como idade, comorbidades, performance do paciente e se ele já realizou testes moleculares.
Entre as drogas disponíveis para esses casos, atualmente, existem as citotóxicas (5-fluorouracil, irinotecano e oxaliplatina), os anticorpos monoclonais antiangiogênicos e os anticorpos anti-EGFR.
Para as pessoas que precisam de um tratamento mais agressivo, recomenda-se fazer um triplet, com FOLFOXIRI mais um remédio. Caso seja um câncer menor – maioria dos eventos –, realiza-se um doublet, geralmente com FOLFOX ou FOLFIRI mais outro medicamento.
Em ambos os casos, a droga adicional varia de acordo com a localização do tumor. “Se o paciente tiver um do lado esquerdo, há dados consistentes mostrando que a adição do anti-EGFR nesse cenário confere ganho de sobrevida global. Agora, se ele estiver à direita, é necessário utilizar um doublet com antiangiogênico“, relata a oncologista.
Se ocorre falha na primeira linha, aplica-se quimioterapia, com eventual troca do anticorpo monoclonal. Dessa forma, os indivíduos chegarão na terceira ou quarta linha em um bom cenário, mantendo uma boa performance.
“Até pouco tempo no Brasil, nós não dispúnhamos de medicamentos feitos especificamente para esse cenário. Era muito frequente acabar reexpondo os portadores à quimioterapia que fizeram, por exemplo, na primeira linha”, comenta a especialista.
Hoje, já existem remédios disponíveis, como o regorafenibe, e mais recentemente o TAS-102, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em maio de 2020.
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