Neste vídeo Dr. Carlos Barrios, Oncologista Clínico do Grupo Oncoclínicas de Porto Alegre, comenta sobre os dados dos estudos DESTINY-Breast 01 e TUXEDO-1, abordando o uso do trastuzumabe deruxtecana para pacientes com câncer de mama metastático HER2+
Para pacientes com câncer de mama avançado, em sua maioria, as metástases cerebrais estão relacionadas ao subtipo HER2 positivo, aumentando a morbidade e a mortalidade deste subtipo da doença. Nesse sentido, o T-DXd (trastuzumabe deruxtecana), um conjugado de anticorpo-droga inibidor da topoisomerase I é utilizado no tratamento deste grupo de pacientes. Neste sentido, o estudo DESTINY-Breast 01, aberto, multicêntrico e internacional, está na fase 2 de testagem do T-DXd nos pacientes com câncer de mama HER2 positivo, com os pacientes do estudo apresentando uma resposta durável e segura. A partir dos dados deste estudo, o T-DXd já é hoje aprovado por algumas agências regulatórias.
No Congresso ESMO 2021 foram apresentados os dados de atualização do estudo DESTINY-Breast 01. No último ponto de corte de dados (15 de janeiro de 2021), a duração mediana do acompanhamento de sobrevida global (SG) foi de 29,2 meses (IC de 95%, 28,6-30,0 meses). Com maior maturidade, o a mediana de SG atualizada foi de 28,4 meses (IC 95%, 24,6-37,2 meses), com 91 (49,5%) eventos de SG. Estes resultados atualizados continuam a demonstrar o benefício T-DXd na sobrevivência em pacientes com câncer de mama HER2+ metastático, fortemente tratados anteriormente (mediana de linhas de tratamento anteriores: 6).
Um outro estudo apresentado no Congresso ESMO 2021, o estudo de fase II, TUXEDO-1, avaliou a atividade intracraniana do T-DXd, em pacientes com câncer de mama HER2+ com metástases cerebrais ativas. Para este estudo, os pacientes selecionados foram aqueles que apresentaram câncer de mama recentemente diagnosticado, ou com progressão radiológica sem indicação para terapia local imediata, eram de ambos os sexos e com faixa etária diversa. Os pacientes do grupo de testagem receberam 5,4 mg/kg de T-DXd durante períodos variáveis com média aproximada de 30 meses. O desfecho primário foi pela taxa de reposta intracraniana, de acordo com os critérios da Avaliação de Resposta Neuro-Oncológica (RANA, sigla em inglês). Já os desfechos secundários foram a sobrevida livre da progressão da doença (SLPD), sobrevida geral, segurança e qualidade de vida.
Durante o processo, o acompanhamento médio foi de 3,5 meses, com 9 pacientes ainda em tratamento. Os desfechos variam com a idade do paciente, apresentando resultados melhores para os pacientes mais novos. Vale ressaltar que náusea, neutropenia e fadiga foram as principais toxicidades da amostra. Todavia, a eficácia do T-DXd ainda está sob investigação adicional.
Dr. Carlos Barrios comenta neste sobre os estudos citados acima, abordando informações e dados importantes que foram apresentadas no congresso ESMO 2021. Além de discutir a importância dos dois estudos para a prática clínica.
Referências:
Ouça também o podcast:
Alameda Campinas, 579 – Jardim Paulista, São Paulo – SP, 01404-100
CEO: Thomas Almeida
Editor científico: Paulo Cavalcanti
Redatora: Bruna Marchetti
© 2020 Oncologia Brasil
A Oncologia Brasil é uma empresa do Grupo MDHealth. Não provemos prescrições, consultas ou conselhos médicos, assim como não realizamos diagnósticos ou
tratamentos.