Neste vídeo, Dr. Carlos Teixeira, médico oncologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, comenta que o bom perfil de segurança e bons resultados de resposta ao tratamento sustentam a continuidade de estudos avaliando a performance clínica do tusamitamabe ravtansina em combinação com pembrolizumabe ± quimioterapia em pacientes com CPNPC metastático/avançado. Vale a pena conferir o conteúdo completo.
O tratamento do câncer de pulmão de não-pequenas células (CPNPC) avançado/metastático não escamoso tem, atualmente, como standard-of-care a imunoterapia com anti-PD1 associada ou não à quimioterapia em primeira linha. Ainda que esse esquema retorne taxas de sobrevida, até antes, inimagináveis para pacientes nesse cenário, estudos ainda buscam melhorar os desfechos clínicos, apostando em potencializar a atividade antimoral e garantindo um bom perfil de segurança.
O estudo de fase II, CARMEN-LC05, portanto, avalia eficácia e segurança da inserção do tusamitamabe ravtansina (Tusa Rav) na combinação de pembrolizumabe. O Tusa Rav é um anticorpo anti-CEACAM5 (Carcinoembryonic antigen-related cell adhesion molecule 5) conjugado ao agente citotóxico, DM4. A aplicação de Tusa Rav se baseia no aumento da expressão de CEACAM5 pelas células tumorais do pulmão, de modo que sua administração permite reconhecimento dessas células pelo anticorpo e posterior killing devido à ação do DM4.
O estudo contou com 25 pacientes, CEACAM5+ (intensidade ≥2+ em ≥1% células tumorais), tratados com tusamitamabe ravtansina (150-170mg/m² Q3W) em combinação com pembro [T2], pembro + quimioterapia à base de platina [T3] e pembro+platina+pemetrexed [T4] em uma mediana de tempo de tratamento de 21 semanas (3-86), de modo que 48% deles seguem em tratamento. As avaliações de eficácia desse fármaco retornaram taxa de resposta objetiva para a coorte total de 40% (95%CI: 21,1-61,3) quando consideradas resposta completa (RC) confirmada ou resposta parcial (RP), e a taxa de controle da doença, considerando RC, RP e doença estável, atingiu 88% (95%CI: 68,8-97,5).
Com enfoque, sobretudo, na garantia de um bom perfil de segurança, a toxicidade dose-limitante ocorreu em apenas um paciente do grupo T4 (dose: 170mg/m²) refletida pelo aumento de AST. Toxicidades G3 ou superior ocorreram em 68% dos pacientes, sendo 16% G5 mas não relacionados ao Tusa Rav, cabendo destaque às toxicidades córneas, presentes em 24% da coorte, mas apenas um caso G3 ou superior em T2 (dose: 170mg/m²).
O presente estudo demonstrou que a administração de tusamitamabe ravtansina em combinação com o pembrolizumabe, de fato, melhora a atividade antitumoral em todos os braços do estudo, tendo um perfil de toxicidade favorável e sem novas precauções, garantindo maior segurança à continuação dos estudos avaliando esse fármaco.
No vídeo, Dr. Carlos aborda os dados do estudo e comenta como esses resultados podem impactar no manejo da doença e na prática clínica. Vale a pena conferir o conteúdo completo!
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