Neste vídeo, Dr. Mauro Zukin, oncologista clínico da Oncologia D’Or e diretor do GBOT apresenta dados atualizados do estudo SPOTLIGHT apresentados durante o European Lung Cancer Congress 2023 – ELCC. Confira o conteúdo no vídeo.
O tratamento do câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) estadiamento III, localmente avançado e iressecável foi revolucionado após resultados obtidos pelo estudo clínico de fase III, PACIFIC, no qual 42,9% dos pacientes que receberam tratamento com durvalumabe (anti-PD-L1) como terapia de consolidação por 12 meses (após ciclo de quimioradioterapia), permaneceram vivos após 5 anos de acompanhamento, e 33,1% permaneceram vivos e sem experenciarem progressão da doença. Esses resultados apresentaram nova referência para o tratamento padrão dessa coorte de pacientes.
Cientes das limitações inatas de um clinical trial, a avaliação dos desfechos relacionados a esse regime terapêutico em um contexto de mundo real é de grande valia. Assim, o estudo retrospectivo observacional de mundo-real, SPOTLIGHT, objetivou comparar o desfecho de pacientes diagnosticados com CPNPC estadiamento III irressecável que receberam (n=299) ou não (n=77) durvalumabe de consolidação após quimioradioterapia (CRT).
A mediana de sobrevida livre de progressão real-word (rwSLP) a partir do fim da CRT foi de 20 meses no tratamento com durvalumabe (16,2–não estimado) vs. 10,2 meses no outro braço do estudo (6,7–12,4), de modo que quando realizada a regressão de Cox, os pacientes tratados com durvalumabe de consolidação, apresentaram menor risco de progressão ou morte (HR = 0,36; 95% CI: 0,26–0,52). A mediana de sobrevida global (SG) não foi atingida pelo braço durvalumabe vs. 24,8 meses (13,4-NE), onde, igualmente, pacientes tratados com o anti-PD-L1 tiveram menor risco de morte (HR = 0,30; 95% CI: 0,19–0,48).
A presente avaliação dos desfechos da utilização de durvalumabe de consolidação, em contexto de coorte de mundo real, demonstra consistência com estudos clínicos anteriores, PACIFIC e PACIFIC-R, indicando que esse esquema terapêutico oferece melhores desfechos clínicos aos pacientes com CPNPC estadiamento III irressecável.
No vídeo, Dr. Mauro comenta de forma detalhada os resultados desse estudo e traz as possíveis mudanças na prática clínica. Vale a pena conferir o conteúdo completo!
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