Análise comparativa entre o uso da cintilografia óssea e PET PSMA no estadiamento do câncer de próstata - Oncologia Brasil

Análise comparativa entre o uso da cintilografia óssea e PET PSMA no estadiamento do câncer de próstata

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Análise da precisão técnica da cintilografia óssea em detectar metástases ósseas em pacientes com câncer de próstata tendo como referência o PET PSMA realizada em um estudo internacional, multicêntrico, retrospectivo, às cegas e com avaliadores independentes 

 

A Tomografia por Emissão de Pósitrons PSMA (PET PSMA) possui uma precisão superior em relação à da tomografia computadorizada e cintilografia óssea para definir o estadiamento de pacientes com câncer de próstata. Entretanto, ainda se faz necessário compreender a maneira mais adequada para a aplicação de resultados dos ensaios clínicos baseados em exames de imagem convencional para pacientes em que o estadiamento foi definido com base no PET PSMA. 

Sendo assim, neste estudo retrospectivo multicêntrico, a comparação entre as técnicas foi realizada com base nos dados de 167 pacientes recém-diagnosticados com câncer de próstata através das técnicas de cintilografia óssea e PET PSMA. Os dados foram interpretados por três avaliadores, às cegas e utilizando os resultados obtidos através do PET PSMA como referência. 

Abaixo estão elencados os principais resultados: 

  • Do total de pacientes incluídos, 77 estavam em estadiamento inicial, 60 apresentavam câncer sensível à castração, e 30 apresentavam quadro de resistência à castração. 
  • Considerando todos os pacientes, a cintilografia óssea apresentou poder preditivo positivo de 0,73 [0.61, 0.82], poder preditivo negativo de 0,82 [0.74, 0.88], e especificidade de 0,82 [0.74, 0.88]; 
  • Em pacientes em estadiamento inicial, a cintilografia óssea apresentou poder preditivo positivo de 0,43 [0.26, 0.63], poder preditivo negativo 0,94 [0.85, 0.98], e especificidade 0,80 [0.68, 0.88]; 
  • Na fase de primeiro estadiamento, 13 dos 23 diagnósticos (57%) foram falsos positivos; 
  • A taxa de concordância dos avaliadores foi moderada para a cintilografia óssea (Fleiss k = 0,51) e substancial para o PET PSMA (Fleiss k = 0,80). 

Portanto, neste estudo multicêntrico retrospectivo, o poder preditivo positivo da cintilografia óssea foi baixo em pacientes na primeira fase de estadiamento, conforme resultados demonstram um elevado número de diagnósticos falso-positivos. Dessa forma, os dados sugerem que a maioria dos pacientes considerados com baixo volume metastático através da metodologia da cintilografia óssea apresentam doença localizada. 

 

Referência: Fendler W.P. et. al, 2023. Do bone scans over-stage disease compared to PSMA PET? An international multicenter retrospective study with blinded independent readers. Trabalho apresentado no Congresso Anual da ASCO, em 2023. DOI: 10.1200/JCO.2023.41.16_suppl.5011 

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