Neste vídeo, o Dr. Rony Schaffel, médico hematologista e professor da Faculdade de Medicina da UFRJ, aborda os destaques da terapia celular com CAR-T para pacientes com linfoma apresentados na conferência anual da European Hematology Association – EHA 2023®. Acesse e confira na íntegra!
Os linfomas são cânceres que atingem as células do sistema linfático, principalmente os linfócitos e, dentre os diversos tipos, os mais agressivos são os casos de recaída do linfoma do manto, linfoma primário do sistema nervoso central (SNC) resistente a múltiplos tratamentos, o linfoma difuso de grandes células B (LDGCB) recorrente ou não elegíveis ao transplante.
A terapia celular envolvendo CAR-T é uma das tecnologias mais promissoras no tratamento de leucemias. As células CAR-T são linfócitos T autólogos (colhidos do próprio paciente) modificados em laboratório para expressar o CD19, uma proteína típica de células B. Após essa transformação, os linfócitos são submetidos a um processo de ativação que proporciona o reconhecimento e indução de morte das células do câncer. Atualmente, as três principais terapias envolvendo CAR-T são: a) tisa-cel (tisagenlecleucel), aprovada no Brasil, b) brexu-cel (brexucabtagene autoleucel), utilizada para o tratamento do linfoma de células do manto, mas ainda sem aprovação no Brasil, assim como o c) axi-cel (axicabtagene ciloleucel). Contudo, apesar dos resultados promissores apontados por diversos estudos, essa metodologia ainda apresenta efeitos colaterais consideráveis, como inflamação sistêmica e efeitos neurológicos.
Neste vídeo, o Dr. Rony apresenta resultados de três trabalhos que foram destaque no EHA 2023® na área de terapia celular com CAR-T. O primeiro estudo realizou uma análise de evidências de mundo real com dados de 380 pacientes registrados no CIBMTR® (Center for International Blood & Marrow Transplant Research®) e identificou que essa estratégia de análise das informações do registro comunitário do CIBMTR ofereceu resultados semelhantes aos encontrados no estudo clínico ZUMA-7 e a subanálise por tipo de tratamento prévio demonstrou que pacientes com ≤2 linhas de terapia anterior apresentaram resultados melhores a terapia com brexu-cel. A apresentação continua com um estudo realizado pela rede francesa de linfomas que avaliou informações de diferentes centros sobre linfomas do sistema nervoso central em pacientes que não haviam sido incluídos em protocolos para o tratamento com CAR-T e, por fim, o especialista debate o estudo ALYCANTE, que avaliou pacientes com linfoma difuso de grandes células B (LDGCB) que não poderiam ser submetidos ao transplante autólogo.
Acesse e confira na íntegra a discussão de trabalhos que apresentam um enorme potencial para mudar a prática clínica.
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