EMERALD-1: Eficácia de durvalumabe e bevacizumabe adicionados à quimioembolização transarterial em carcinoma hepatocelular irressecável - Oncologia Brasil

EMERALD-1: Eficácia de durvalumabe e bevacizumabe adicionados à quimioembolização transarterial em carcinoma hepatocelular irressecável

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Neste vídeo, o Dr. Ghassan Abou-Alfa, Médico Assistente do Memorial Sloan Kettering Cancer Center e Professor de Medicina da Weill Medical School da Cornell University, comenta o estudo EMERALD-1, apresentado durante a reunião da ASCO Gastrointestinal Cancers Symposium (ASCO GI 2024®). Despontando como possível novo standard of care, estudo demonstra que durvalumabe + devacizumabe + TACE prolongam significativamente a sobrevida livre de progressão de pacientes de pior prognóstico classicamente. Acesse e confira na íntegra! 

O Carcinoma Hepatocelular configura uma malignidade ranqueada como a 4ª causa de mortalidade relacionada ao câncer ao redor do mundo, tendo uma sobrevida em 5 anos de apenas 19% sendo que, diante cenário metastático, a taxa decai para apenas 2%. Por mais de duas décadas a terapia padrão para esses tumores irressecáveis foi a quimioembolização transarterial (TACE) – porém a maioria dos pacientes progride dentro de um ano.  

Como proposta de melhora terapêutica, tendo em vista que a quimioembolização cria um microambiente tumoral pro-inflamatório e com sinalizações de VEGF, a avaliação de eficácia e segurança dos inibidores de checkpoints imunes (durvalumabe; anti-PD-L1) e de inibidores de VEGF (bevacizumabe, anti-VEGF) torna-se o enfoque do estudo clínico de fase III, EMERALD-1. O estudo clínico incluiu 616 pacientes randomizados em durvalumabe + bevacizumabe + TACE (D+B+TACE; n=204), durvalumabe + TACE (D+TACE; n=207) e TACE (n=205) e teve como endpoint primário a sobrevida livre de progressão (SLP) de D+B+TACE vs. TACE. 

O estudo alcançou seu endpoint primário onde demonstrou que a administração de D+B+TACE prolonga significativamente a SLP comparado a TACE (15 meses vs. 8,2 meses), de modo que esse regime reduziu em 23% o risco de progressão (HR = 0,77; 95% CI: 0,61-0,98), sendo o benefício consistente entre os subgrupos. O endpoint secundário avaliado, SLP entre D+TACE vs. TACE, não apresentou significância. Com relação à taxa de resposta objetiva, essa foi de 43,6% em D+B+TACE, 41% em D+TACE e 29,6% em TACE com mediana de tempo até progressão de 22, 11,5 e 10 meses, respectivamente. Os resultados de segurança não reportam nenhum novo sinal de eventos adversos, sendo que as toxicidades graus 3/4 acometeram 8,4%, 4,3% e 3,5% dos pacientes e a taxa de descontinuação por toxicidade foi de 0%, 1,3% e 2%. 

Os resultados obtidos até o momento trazem o pioneirismo ao apresentar os benefícios clínicos do inibidor de checkpoint, durvalumabe, que conjuntamente ao bevacizumabe, melhoram significativamente a sobrevida livre de progressão dos pacientes com Carcinoma Hepatocelular irressecável com perfil de segurança tolerável. 

 

Referências: 

  1. Leowattana W, Leowattana T, Leowattana P. Systemic treatment for unresectable hepatocellular carcinoma. World J Gastroenterol. 2023.
  2. Lencioni R, Kudo M, Erinjeri J, et al. EMERALD-1: A phase 3, randomized, placebo-controlled study of transarterial chemoembolization combined with durvalumab with or without bevacizumab in participants with unresectable hepatocellular carcinoma eligible for embolization. ASCO GI 2024. Disponível em: https://meetings.asco.org/2024-asco-gastrointestinal-cancers-symposium/15573?presentation=229376#229376. 

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