Dr. Fabio Kater Oncologista Clínico na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, apresenta o estudo IMbrave050, ensaio clínico de fase III que investigou a eficácia e a segurança da combinação de atezolizumabe (atezo) e bevacizumabe (bev) como terapia adjuvante para pacientes com hepatocarcinoma (HCC) de alto risco, após tratamento curativo com resseção ou ablação.
O objetivo principal do estudo foi avaliar a sobrevida livre de recorrência (RFS) com base em uma análise realizada por uma facility de revisão independente (IRF). Além disso, o estudo avaliou a sobrevida global (OS) e a segurança do tratamento como endpoints secundários.
Os pacientes incluídos no estudo tinham características de alto risco para recorrência, que foram determinadas com base no tamanho e número do tumor, invasão vascular e diferenciação do tumor. Foram randomizados em uma proporção de 1:1 para receber: Atezolizumabe 1200 mg + Bevacizumabe 15 mg/kg por via intravenosa a cada 3 semanas durante 17 ciclos, ou Vigilância ativa por 1 ano.
O estudo utilizou fatores de estratificação, incluindo região geográfica e um fator composto baseado no número de características de alto risco, o tipo de procedimento curativo realizado e o uso opcional de quimioembolização arterial transcateter (1 ciclo) após a resseção.
Na análise inicial, a combinação de atezo + bev demonstrou um benefício significativo na RFS com uma razão de risco (HR) de 0,72 em comparação com a vigilância ativa. No entanto, na análise mais recente, o benefício na RFS não foi mantido, com uma HR atualizada de 0,90. A mediana de RFS foi de 33,2 meses para o grupo que recebeu atezo + bev e 36,0 meses para o grupo de vigilância ativa, com taxas de eventos semelhantes em ambos os grupos (49%).
Quanto à sobrevida global (OS), os resultados permanecem imaturos. Na análise inicial, a OS tinha uma HR de 1,42. Na análise atualizada, a HR de OS foi de 1,26. A mediana de OS não foi estimável para ambos os grupos.
Em termos de segurança, o perfil de atezo + bev permaneceu gerenciável e consistente com os dados anteriores e com a segurança esperada, sem novas preocupações identificadas.
Para uma análise mais detalhada e uma visão completa dos resultados mais recentes do estudo IMbrave050, assista ao vídeo completo!
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