Estudo de fase 3 revela que a combinação de pembrolizumabe com quimiorradioterapia melhora a sobrevida global e livre de progressão em pacientes de alto risco, estabelecendo um novo padrão de tratamento.
Na primeira análise intermediária do estudo de fase 3 ENGOT-cx11/KEYNOTE-A18, a combinação de pembrolizumabe com quimiorradioterapia mostrou uma melhora significativa na sobrevida livre de progressão (PFS) em pacientes com câncer cervical localmente avançado (LACC) de alto risco. Com base nesses resultados, a FDA aprovou essa combinação para pacientes com câncer cervical estágio III-IVA (FIGO 2014).
Nesta segunda análise intermediária, o foco está na sobrevida global (OS). Pacientes elegíveis com LACC de alto risco recém-diagnosticado e previamente não tratado (FIGO 2014 estágio IB2-IIB com doença positiva para linfonodos ou estágio III-IVA, independentemente do status dos linfonodos) foram randomizados 1:1 para 5 ciclos de pembrolizumabe 200 mg ou placebo a cada 3 semanas + quimiorradioterapia concomitante, seguidos de 15 ciclos de pembrolizumabe 400 mg ou placebo a cada 6 semanas. A quimiorradioterapia concomitante incluiu 5 ciclos (dose opcional de 6ª dose) de cisplatina 40 mg/m² a cada 1 semana + radioterapia externa (EBRT), seguida de braquiterapia.
1060 pacientes foram randomizados para pembrolizumabe + quimiorradioterapia concomitante (n=529) ou placebo + quimiorradioterapia concomitante (n=531). Os resultados mostram que, após um seguimento mediano de 29,9 meses, a taxa de OS em 36 meses foi de 82,6% para pembrolizumabe + quimiorradioterapia, contra 74,8% para placebo + quimiorradioterapia (HR=0,67; p=0,0040). O benefício foi consistente em diferentes subgrupos de pacientes, incluindo estágios IB2-IIB e III-IVA.
Em termos de segurança, eventos adversos de grau ≥3 ocorreram em 69,1% dos pacientes no grupo pembrolizumabe, versus 61,3% no grupo placebo, com um perfil de segurança gerenciável. Esses resultados reforçam a combinação como uma nova opção de tratamento padrão para pacientes com LACC de alto risco.
O presente ensaio clínico tem a identificação NCT04221945 e EudraCT 2019-003152-37. A assistência na redação médica foi fornecida por Christine McCrary Sisk, da Merck & Co., Inc., Rahway, NJ, EUA, e foi financiada pela Merck Sharp & Dohme LLC, uma subsidiária da Merck & Co., Inc., Rahway, NJ, EUA. A Merck Sharp & Dohme LLC, uma subsidiária da Merck & Co., Inc., Rahway, NJ, EUA, foi a entidade responsável pelo estudo e também pelo financiamento.
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Editor científico: Paulo Cavalcanti
Redatora: Bruna Marchetti
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