ASCO 2018 mostra que exame baseado em ressonância magnética pode reduzir mastectomia em mulheres com câncer de mama - Oncologia Brasil

ASCO 2018 mostra que exame baseado em ressonância magnética pode reduzir mastectomia em mulheres com câncer de mama

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O câncer de mama detectado por screening (triagem) com Ressonância Magnética (RM) em mulheres portadoras de mutação BRCA tem uma taxa de sobrevida livre de recidiva à distância câncer de mama – específica de 95% em 10 anos, tornando a triagem baseada neste exame uma alternativa satisfatória à mastectomia redutora de risco. É o que mostra o abstract número 1523, apresentado no ASCO, o maior Congresso de oncologia clínica do mundo, que acontece até a proxima terça-feira (05), em Chicago, Estados Unidos.

De 1997 a 2009, 380 mulheres com mutações BRCA e sem história de câncer de mama ou ovário foram submetidas a uma a nove sessões de triagem anual usando RM e mamografia no estudo Toronto MRI Screening. Um total de 41 cânceres (30 invasivos) foram detectados (38 por RM e cinco por mamografia) em 40 mulheres, 20 com mutações BRCA1 e 20 com mutações BRCA2.

A idade mediana no diagnóstico foi 48 anos (intervalo: 32-68). Os resultados a longo prazo de mulheres com mutações BRCA com câncer de mama diagnosticadas pela triagem com RM não são bem compreendidos. Para determinar a recorrência e sobrevida nas 40 mulheres diagnosticadas câncer de mama durante o estudo, questionários foram enviados a essas pacientes anualmente. Os resultados ao longo de 10 anos foram calculados usando o método de Kaplan-Meier.

Até janeiro, o seguimento mediano foi de 13,5 anos (intervalo: 8-19), sem pacientes perdidos para follow-up. Vinte e sete das 40 mulheres (68%) haviam tido conservação da mama inicialmente. Destas 27 mulheres, seis (22%) tiveram recidiva ipsilateral / novo primário que ocorreram aos 3, 3, 6, 15, 16 e 19 anos; dois dos últimos três foram submetidos a novas lumpectomia e irradiação. Trinta e quatro pacientes (85%) não haviam tido mastectomia bilateral inicial; apenas uma destas pacientes desenvolveu um câncer metacrônico contralateral em 1 ano. Trinta e quatro de 40 mulheres (85%) sobreviveram sem evidência de doença, e seis (15%) foram a óbito: duas pacientes morreram (5%) de Ca de mama ER-positivo (com recidivas à distância 6 e 7 anos após o diagnóstico), duas (5%) de câncer peritoneal, uma (2,5%) de câncer de ovário e uma (2,5%) de suicídio. A sobrevida específica de Ca de mama em 10 anos foi 94,6% para todas as 40 pacientes e 92,6% para aquelas com doença invasiva.

Saiba mais sobre o Abstract 1523 aqui.


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