Um novo estudo que investiga a ação de enzalutamida no câncer de próstata metastático sensível à castração (CPSCm) foi apresentado pelo Dr. Andrew Armstrong, oncologista do Duke Cancer Center, no Genitourinary Cancers Symposium – ASCO-GU 2019, evento que traz algumas das mais importantes atualizações em tumores genitourinários e que ocorre de 14 a 16 de fevereiro, em São Francisco (EUA).
O estudo de fase III ARCHES randomizou 1150 pacientes com CPSCm para tratamento com enzalutamida ou placebo, em combinação com bloqueio hormonal. Quase 18% dos pacientes haviam recebido tratamento prévio com docetaxel e mais de 60% apresentavam metástases ao diagnóstico, enquanto 63% eram portadores de doença considerada de grande volume. O desfecho primário foi sobrevida livre de progressão radiológica, com ganho significativo para o braço de enzalutamida, com medianas de 19,4 meses para o grupo placebo e não atingida para o grupo do tratamento estudado (HR 0,39; IC 95% 0,30-0,50; p < 0,0001). O ganho foi consistente para os diversos subgrupos analisados, incluindo o grupo de pacientes previamente tratados com docetaxel (HRs 0,24-0,53).
Os desfechos secundários apresentados também mostraram ganhos estatisticamente significativos para o grupo de enzalutamida, com destaque para o tempo de progressão de PSA (HR 0,19), a taxa de pacientes que atingiram um PSA indetectável com o tratamento (68,1% vs. 17,6%) e a taxa de resposta objetiva (83,1% vs. 63,7%). Dados de sobrevida global ainda são aguardados. A incidência de eventos adversos graus 3-4 foi similar entre os braços de enzalutamida e placebo.
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