Adição de mitoxantrona e prednisona aumentou risco de novos cânceres primários em tratamento adjuvante de pacientes com câncer de próstata
Em estudo de fase III (SWOG S9921), pacientes com câncer de próstata cT1-3N0, submetidos a prostatectomia radical, apresentando uma ou mais características de alto risco (Gleason (GS) ≥ 8; pT3b/pT4 ou pN+; GS 7 e margens comprometidas; PSA > 15 ng/mL no pré-operatório; GS > 7 na biópsia; PSA > 10 e GS > 6 na biópsia), foram randomizados para receber terapia de privação androgênica (ADT) por dois anos, com ou sem a associação de 6 ciclos de mitoxantrona e prednisona (MP), em adjuvância.
Após seguimento mediano de 11,2 anos, os resultados, publicados no J Clin Oncol., evidenciaram que a adição de MP não só não resultou em ganho de sobrevida global (86% no braço ADT + MP vs. 87% no braço de ADT), como também levou a maior incidência de leucemias secundárias e a maior taxa de mortes por outras neoplasias (36% ADT + MP vs. 18% ADT).
