A MDHealth e a Oncologia Brasil estão presencialmente em New Orleans acompanhando o Congresso ASH 2022, e traz neste vídeo, Dra. Natalie Callander, professora do Departamento de Hematologia e Transplante da Universidade de Wisconsin, para comentar sobre os estudos de fase II, MASTER e Griffin. Estes estudos mostram benefício na adição do daratumumabe a combinações utilizadas no tratamento do mieloma múltiplo
Dois grandes estudos de fase II foram realizados com o intuito de avaliar a adição do anticorpo monoclonal, daratumumabe, a combinações utilizadas no tratamento de pacientes recém diagnosticados com mieloma múltiplo elegíveis ao transplante. O estudo MASTER avaliou a combinação de daratumumabe com carfilzomibe, lenalidomida e dexametasona, enquanto o estudo Griffin avaliou a combinação de daratumumabe com bortezomibe, lenalidomida e dexametasona. Ambos os estudos mostraram resultados favoráveis ao uso de daratumumabe nas combinações.
Adicionalmente, foram feitas análises de subgrupos importantes, como pacientes com anormalidades citogenéticas de alto risco (uma ou mais anormalidades genéticas: del17p, t(4;14), t(14;16), t(14;20), e/ou ganho/amp 1q (≥3 cópias do cromossomo 1q21)) em ambos os estudos.
Como resultado, foi visto que pacientes com nenhuma ou uma anormalidade citogenética de alto risco que receberam combinações contendo daratumumabe apresentaram maiores taxas de resposta completa, negatividade à doença residual mínima e sobrevida livre de progressão em comparação aos pacientes que receberam tratamentos sem daratumumabe. Entretanto, os resultados não foram similares no subgrupo com mais de duas anormalidades genéticas, o que pode ser explicado pelo número pequeno de pacientes incluídos no estudo. Sendo assim, estudos adicionais sobre esse subgrupo em específico são necessários.
Outros subgrupos também foram analisados no estudo Griffin, sendo eles: 65 anos ou mais, doença em estágio III e alto risco citogenético revisado. Assim como na análise anterior, a adição do daratumumabe à combinação do tratamento foi associada a maiores taxas de negatividade à doença residual mínima em todos os subgrupos, e a sobrevida livre de progressão melhorada em todos os grupos exceto no subgrupo com mais de duas anormalidades genéticas, em concordância com a análise prévia.
Em conclusão, as análises de subgrupos apoiam a adição do daratumumabe ao tratamento de pacientes recém diagnosticados com mieloma múltiplo elegíveis ao transplante, inclusive em subgrupos de alto risco. Entretanto, estudos adicionais são necessários, principalmente para o subgrupo com mais de duas anormalidades genéticas.
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