Análise dos estudos REMARK e MINDACT

Especialista comenta resultados de ensaios clínicos que avaliaram uso de hormonioterapia mais quimioterapia em tumores da mama 

Em mais um vídeo da cobertura da ASCO 2021, Dr. Marcelo Corassa, médico oncologista e pesquisador do A.C. Camargo Cancer Center, comentou sobre dois estudos que avaliaram o benefício de tratar tumores de mama de diferentes riscos: os ensaios clínicos REMARK e MINDACT. O primeiro avaliou a possibilidade de recidiva e o benefício estimado de extensão da hormonioterapia com letrozol por dez anos em pacientes de alto e baixo risco (MP-High e MP-Low), enquanto o segundo fez a mesma análise, mas em portadoras com risco muito baixo (ULTRA-LOW). 

Assista o vídeo para ver o comentário completo: 

Dr. Marcelo Corassa ressalta que o REMARK avaliou sobrevida livre e não sobrevida global. “De todo modo, pondera-se: a população MP-High é de risco suficientemente alto para que não importe a paciente, a extensão para 10 anos seja necessária? São análises de subgrupo não planejadas, mas que devem ser levadas em consideração”, aponta. 

Em relação ao MINDACT, ele informa que em ambas as taxas de sobrevida, demonstrou-se excelente resultado a longo prazo, sem necessidade de quimioterapia, o que assegura que esta população não precisa receber escalonamento de terapia citotóxica em nenhum cenário.  

“São pesquisas que ainda têm muito a dizer, algo que a gente quer muito ver na análise de subgrupo, mas sem sombra de dúvidas não vai ser só análise de ‘quimio ou não-quimio‘ que iremos colocar em foco”, finaliza. 

Ouça também o podcast:

Aviso Legal: Todo conteúdo deste portal foi desenvolvido e será constantemente atualizado pela Oncologia Brasil, de forma independente e autônoma, sem qualquer interferência das empresas patrocinadoras e sem que haja qualquer obrigação de seus profissionais em relação a recomendação ou prescrição de produtos de uma das empresas. As informações disponibilizadas neste portal não substituem o relacionamento do(a) internauta com o(a) médico(a). Consulte sempre seu médico(a).