Neste vídeo, o Dr. Arndt Vogel, Professor de Medicina na Universidade de Toronto comenta o estudo EMERALD-1, apresentado durante a reunião da ASCO Gastrointestinal Cancers Symposium (ASCO GI 2024®). Despontando como possível novo standard of care, estudo demonstra que durvalumabe + devacizumabe + TACE prolongam significativamente a sobrevida livre de progressão de pacientes de pior prognóstico classicamente. Acesse e confira na íntegra!
O Carcinoma Hepatocelular é uma das 5 principais malignidades relacionadas ao câncer em todo o planeta, com dados de sobrevida em 5 anos de apenas 19% que, no cenário metastático, tendem a alcançar apenas 2% dos pacientes. Nos últimos 20 anos, a quimioembolização transarterial (TACE) foi considerada como a terapia padrão para esses tumores irressecáveis porém, a maior parte dos pacientes apresentavam progressão da doença em um período de um ano.1
Baseado na sua experiência médico-científica em câncer hepatocelular, o Prof. Dr. Arndt Vogel apresenta uma abordagem sobre os principais resultados do estudo, destacando a perspectiva em relação ao papel do hepatologista no manejo desses pacientes.
Diante da capacidade da quimioembolização em criar de um microambiente tumoral pro-inflamatório que favorece sinalizações de VEGF, o ensaio clínico EMERALD-1 avaliou a eficácia e segurança dos inibidores de checkpoints imunes (durvalumabe; anti-PD-L1) e de inibidores de VEGF (bevacizumabe, anti-VEGF). O estudo clínico incluiu 616 pacientes randomizados em durvalumabe + bevacizumabe + TACE (D+B+TACE; n=204), durvalumabe + TACE (D+TACE; n=207) e TACE (n=205) e teve como endpoint primário a sobrevida livre de progressão (SLP) de D+B+TACE vs. TACE.
O estudo atingiu seu endpoint primário, demonstrando que a administração de D+B+TACE prolonga significativamente a SLP comparado a TACE (15 meses vs. 8,2 meses), de modo que esse regime reduziu em 23% o risco de progressão (HR = 0,77; 95% CI: 0,61-0,98), sendo o benefício consistente entre os subgrupos. O endpoint secundário avaliado, SLP entre D+TACE vs. TACE, não apresentou diferença significativa. A taxa de resposta objetiva foi de 43,6% em D+B+TACE, 41% em D+TACE e 29,6% em TACE com mediana de tempo até progressão de 22, 11,5 e 10 meses, respectivamente. E, em relação aos resultados de segurança, não foram reportados novos sinais eventos adversos, tendo as toxicidades graus 3/4 acometido 8,4%, 4,3% e 3,5% dos pacientes e a taxa de descontinuação por toxicidade foi de 0%, 1,3% e 2%.
Os resultados obtidos até o momento demonstram o pioneirismo ao apresentar os benefícios clínicos do inibidor de checkpoint, durvalumabe, que conjuntamente ao bevacizumabe, melhoram significativamente a sobrevida livre de progressão dos pacientes com Carcinoma Hepatocelular irressecável com perfil de segurança tolerável.
Nesta análise, o especialista destaca a importância do momento médico-científico para o tratamento do CHC, visto que há diversos estudos clínicos investigando opções terapêuticas para o tratamento da doença em diferentes estadiamentos. Além disso, ainda destaca a necessidade o papel do debate entre médicos de diferentes especialidades na decisão do sequenciamento terapêutico do paciente.
Acesse e confira na íntegra a perspectiva do especialista!
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