Novo inibidor de PARP é indicado para pacientes com tumor ovariano, recém-diagnosticadas ou que sofreram recidiva após quimioterapia à base de platina
Na última segunda-feira (8 de março de 2021), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o uso de niraparibe, um inibidor de PARP, para o tratamento de manutenção do câncer de ovário no Brasil. Considerada uma inovação, a droga oral é indicada para pacientes com tumor ovariano recém-diagnosticadas ou com recidiva após quimioterapia à base de platina.
A aprovação se baseou nos estudos de fase III PRIMA e NOVA, publicados no The New England Journal of Medicine. O PRIMA contou com a participação de 733 mulheres recém-diagnosticadas com a neoplasia, que já haviam passado por sessões de quimio. Um grupo recebeu niraparibe e o outro, placebo. A análise mostrou que o medicamento reduziu o risco de progressão da doença ou morte em 38%.
Já o NOVA foi realizado com 553 pacientes recidivadas. Em comparação com o grupo placebo, o novo remédio diminuiu em 73% a possibilidade de progressão ou morte nas voluntárias com mutação no gene BRCA, e de 55% nas naquelas que não apresentavam a mutação.
Nas duas pesquisas, os principais eventos adversos encontrados foram neutropenia, anemia e trombocitopenia.
A liberação do medicamento representa um avanço no combate ao câncer de ovário pois, além de normalmente ser diagnosticado já em fase avançada, o índice de recidiva é alto. A previsão é que o lançamento ocorra nos próximos meses.
Referências:
DOI: 10.1056/NEJMoa1611310
DOI: 10.1056/NEJMoa1910962
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