Estudo KEYNOTE-204 demonstra melhora significativa na sobrevida livre de progressão de pacientes com linfoma de Hodgkin clássico recidivado ou refratário tratados com pembrolizumabe - Oncologia Brasil

Estudo KEYNOTE-204 demonstra melhora significativa na sobrevida livre de progressão de pacientes com linfoma de Hodgkin clássico recidivado ou refratário tratados com pembrolizumabe

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Resultados apresentados na ASCO 2020 avaliaram pembrolizumabe versus brentuzimabe vedotina

Com resultados clinicamente significativos, estudo de fase 3 KEYNOTE-204, apresentado no ASCO 2020 Virtual Annual Meeting, avaliou o tratamento de pacientes com linfoma de Hodgkin clássico recidivado/refratário (R/R cHL) com pembrolizumabe versus brentuximabe vedotina (BV).

Foram randomizados 304 pacientes e 300 foram tratados: 148 para pembrolizumabe 200 mg IV a cada 3 semanas e 152 para BV 1,8 mg/kg IV a cada 3 semanas. Estes pacientes estavam em pós-transplante autólogo ou não haviam sido elegíveis ao transplante.

O tempo mediano em tratamento (intervalo) foi de 305,0 (1-814) e 146,5 (1-794) dias com pembrolizumabe e BV, respectivamente. Foi observada melhora estatisticamente significativa do primeiro versus o segundo na análise primária de sobrevida livre de progressão (SLP) (HR 0,65; P = 0,00271]; mediana 13,2 versus 8,3 meses). As taxas de SLP em 12 meses foram de 53,9% versus 35,6%, respectivamente. O benefício foi observado em todos os subgrupos testados, incluindo pacientes sem auto-SCT com transplante autólogo de células tronco (autoHCT) (HR = 0,61), doença refratária primária (HR = 0,52), BV prévia (HR = 0,34) e sem BV prévia (HR = 0,67). A taxa de resposta global foi de 65,6% para pembrolizumabe e 54,2% para BV e as taxas de resposta completa foram de 24,5% e 24,2%, com duração de resposta mediana de 20,7 meses e 13,8 meses, respectivamente.

Eventos adversos relacionados ao tratamento de graus 3-5 ocorreram em 19,6% dos pacientes com pembrolizumabe e 25,0% com BV. Ocorreu uma morte com pembrolizumabe (pneumonia).

A conclusão do estudo mostrou que o pembrolizumabe foi superior ao brentuximabe vedotina em pacientes com R/R cHL e demonstrou melhora estatística e clinicamente significativas na SLP em todos os subgrupos, com segurança consistente com relatos anteriores. A monoterapia com pembrolizumabe, portanto, deve ser o tratamento padrão para essa população com R/R cHL.

Referências:
J Clin Oncol 38: 2020 (suppl; abstr 8005)
https://meetinglibrary.asco.org/record/186007/abstract

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