Pembrolizumabe mais axitinibe em primeira linha continuam demonstrando superioridade em comparação com sunitinibe em pacientes com carcinoma renal de células claras - Oncologia Brasil

Pembrolizumabe mais axitinibe em primeira linha continuam demonstrando superioridade em comparação com sunitinibe em pacientes com carcinoma renal de células claras

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Dados atualizados do estudo KEYNOTE-426 foram apresentados no ASCO 2020 Virtual Annual Meeting

Resultados anteriores do KEYNOTE426, um estudo randomizado, aberto e de fase 3 (NCT02853331), tinham demonstrado – no acompanhamento mínimo de 7 meses – ganho de sobrevida global (SG), sobrevida livre de progressão (SLP) e taxa de resposta (TR) na comparação de pembrolizambe mais axitinibe versus sunitinibe em primeira linha de tratamento para pacientes com carcinoma renal de células claras (CRcc). Análises de seguimento médio de 27 meses foram apresentadas no ASCO 2020 Virtual Annual Meeting.

Pacientes com CRcc não tratados, com status de desempenho Karnofsky (KPS) ≥70% e doença mensurável (RECIST v1.1) foram aleatoriamente alocados 1:1 para receber pembrolizumabe 200 mg EV a cada 3 semanas por até 35 doses + axitinibe 5 mg por VO 2x/dia (braço P+A) ou sunitinibe 50 mg VO ao dia em um esquema de 4 semanas sim e 2 semanas não (braço S) até progressão, toxicidade ou saída do estudo.

A randomização foi estratificada pelo risco IMDC (favorável versus intermediário versus desfavorável) e região geográfica (América do Norte versus Europa Ocidental versus resto do mundo). Os desfechos primários foram SG e SLP. Desfechos secundários foram TR, duração de resposta (DDR) e segurança.

Um total de 861 pacientes foram designados aleatoriamente para o braço P+A (n = 432) e para o braço S (n = 429). A mediana do tempo de acompanhamento para todos os pacientes foi de 27,0 meses (0,1-38,4).

A associação de P+A demonstrou ganho de SG em comparação ao S (HR, 0,68 [IC 95%, 0,55-0,85]; p<0,001; SG em 24 meses, 74% versus 66%). A SG mediana (IC 95%) não foi alcançada com P+A e foi de 35,7 meses (33,3-NR) com S. A associação P+A melhorou a SLP versus S (HR, 0,71 [IC 95%, 0,60-0,84]; p<0,001; SLP em 24 meses, 38% versus 27%). Para P+A versus S, respectivamente, a SLP mediana (IC 95%) foi de 15,4 (12,7-18,9) versus 11,1 meses (9,1-12,5); a TR foi de 60% versus 40% (p<0,0001); a taxa de resposta completa foi de 9% versus 3%; e a DDR mediana foi de 23,5 meses (intervalo 1,4+ a 34,5+) versus 15,9 meses (intervalo 2,3-31,8+).

Em geral, o benefício P+A foi observado em todos os subgrupos avaliados, incluindo os subgrupos estratificados de acordo com o risco IMDC e os subgrupos por expressão de PD-L1. A análise post-hoc de 6 meses mostrou que os pacientes com redução de ≥80% da lesão alvo no braço P+A tinham uma SG semelhante à dos pacientes com resposta completa por RECIST v1.1, de acordo com as curvas de Kaplan-Meier e de Hazard Ratio [IC 95%] estimado (0,20 [0,05-0,84] vs. 0,10 [0,01-0,76], respectivamente), em comparação aos pacientes com 0-30% de redução na lesão alvo. Nenhum efeito adverso novo foi detectado.

P+A continuam demonstrando atividade antitumoral superior e durável versus S em monoterapia em pacientes com CRcc como tratamento de primeira linha, de acordo com os dados de seguimento médio de 27 meses.

Saiba mais:
J Clin Oncol 38: 2020 (suppl; abstr 5001). DOI:10.1200/JCO.2020.38.15_suppl.5001
Clinical trial information: NCT02853331.
https://meetinglibrary.asco.org/record/185941/abstract

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