Trastuzumabe-deruxtecan demonstra ganho de sobrevida global e taxa de resposta em pacientes com câncer gástrico avançado positivo para HER2 - Oncologia Brasil

Trastuzumabe-deruxtecan demonstra ganho de sobrevida global e taxa de resposta em pacientes com câncer gástrico avançado positivo para HER2

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Os dados do estudo DESTINY-Gastric01 podem levar a um novo padrão de tratamento para pacientes com adenocarcinoma de estômago ou de transição esofagogástrica HER2+ que progrediram a ≥ 2 linhas anteriores

O DESTINY-Gastric01 (NCT03329690) é um estudo de fase 2, aberto, multicêntrico, randomizado, que avaliou o uso do conjugado droga-anticorpo trastuzumabe-deruxtecan (T-DXd) em pacientes com câncer gástrico (CG) ou de transição esofagogástrica (TEG) avançado que expressam HER2. Os resultados apresentados durante o ASCO 2020 Virtual Annual Meeting são das análises preliminares de taxa de resposta geral (TR) e de sobrevida global (SG) em pacientes com HER2+.

Pacientes com CG confirmado centralmente HER2+ (IHC 3+ ou IHC 2+ / ISH+ em tecido) que progrediram em ≥ 2 linhas anteriores foram randomizados 2:1 para T-DXd 6,4 mg/kg a cada 3 semanas ou à escolha do investigador (EI) com irinotecano ou paclitaxel. Todos os pacientes receberam terapia prévia anti-HER2.

Os fatores de estratificação foram região, ECOG PS (0;1) e status HER2. O desfecho primário foi TR não confirmada por revisão central independente. Os desfechos secundários foram SG, sobrevida livre de progressão (SLP), taxa de controle da doença (TCD), duração da resposta (DDR) e segurança.

Um total de 187 pacientes receberam T-DXd (n = 125) ou EI (n = 62 [55 irinotecano; 7 paclitaxel]); 79,7% no Japão, 20,3% na Coréia. Os pacientes tinham uma média de duas linhas de terapia anteriores e 44,4% tinham ≥ 3. Na data de análise dos dados (8 de novembro de 2019), 22,4% dos pacientes com T-DXd e 4,8% dos pacientes com EI permaneceram em tratamento.

A taxa de resposta objetiva foi de 51,3% (61/119; 11 respostas completas e 50 respostas parciais) com T-DXd versus 14,3% (8/56; todos com respostas parciais) com EI (p<0,0001). A TR confirmada foi de 42,9% versus 12,5% (P <0,0001). Taxa de controle da doença de 85,7% versus 62,5% (p = 0,0005). DDR mediana de 11,3 versus 3,9 meses. SLP mediana de 5,6 versus 3,5 meses (HR, 0,47 [IC 95%, 0,31-0,71]; p = 0,0003). A SG foi significativamente maior com T-DXd (12,5 versus 8,4 meses; HR, 0,59 [IC 95%, 0,39-0,88]; p = 0,0097; limite O’Brien Fleming pré-especificado, p = 0,0202). SG de 12 meses, 52,1% versus 28,9%.

Eventos adversos (EAs) de grau ≥ 3 ocorreram em 85,6% dos pacientes com T-DXd versus 56,5% com EI. Os mais comuns foram neutropenia (51,2%; 24,2%), anemia (37,6%; 22,6%) e leucopenia (20,8%; 11,3%). Doze pacientes (9,6%) apresentaram doença pulmonar intersticial relacionada ao T-DXd (DPI; dois pacientes com grau 3, um paciente com grau 4, nenhum paciente apresentou grau 5) versus 0 com EI. Uma morte relacionada ao medicamento ocorreu (pneumonia [não DPI] no braço T-DXd).

O T-DXd demonstrou melhoras estatisticamente e clinicamente significativas na TR e SG em comparação à quimioterapia padrão (paclitaxel ou irinotecano) em pacientes com adenocarcinoma gástrico ou TEG avançado HER2.

Saiba mais:
J Clin Oncol 38: 2020 (suppl; abstr 4513). DOI:10.1200/JCO.2020.38.15_suppl.4513
https://meetinglibrary.asco.org/record/185492/abstract

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