Diretamente de Chicago, no ASCO 2024, Dr. Marcelo Corassa, Médico Oncologista e Pesquisador Clínico da Beneficência Portuguesa de São Paulo, discute sobre as diferentes vias evolutivas da resistência adquirida em pacientes submetidos ao tratamento com inibidores de tirosino quinase
Este estudo avalia a evolução da resistência à terapia em pacientes portadores de fusões gênicas e submetidos ao tratamento com inibidores de tirosino quinase (TKI). Foram selecionados pacientes com várias fusões gênicas, como ALK, RET, NTRK, ROS1 ou FGFR, sequenciadas pelo MSK-IMPACT. Após o tratamento direcionado, foi analisada a evolução genômica dos pacientes. Os dados genômicos avaliados incluíram instabilidade cromossômica, inferida pela fração de genoma alterado (FGA), fração de perda de heterozigosidade (F-LOH) e carga mutacional tumoral (TMB).
Partindo de 1.283 amostras, 64 pacientes tinham pelo menos uma amostra basal de TKI e uma ou mais amostras de progressão da doença pós-TKI, obtendo-se um total de 147 amostras utilizáveis para avaliar a evolução intra-paciente da complexidade genômica, a maioria das quais provenientes de pacientes com câncer de pulmão.
Neste estudo, foi possível observar que a complexidade genômica aumenta conforme o paciente é submetido ao tratamento com TKI, potencialmente por meio de pelo menos duas vias evolutivas principais divergentes: a aquisição de mutações adicionais ou um aumento na instabilidade cromossômica.
Dr. Marcelo Corassa enfatiza a questão da complexidade genômica, indicada neste estudo pela possibilidade de a resistência ao tratamento ocorrer não apenas pela presença de mutação genômica pontual, mas também pelas múltiplas fusões genômicas que ocorrem durante o tratamento com TKI. O Dr. Marcelo Corassa também aponta para o desafio de testar cada vez mais os pacientes com o intuito de entender a trajetória genômica e, assim, direcionar um tratamento personalizado.
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