ASH 2024: Avanços no Tratamento da Síndrome Mielodisplásica de Baixo Risco: Eficácia e Otimização com Luspatercept - Oncologia Brasil

ASH 2024: Avanços no Tratamento da Síndrome Mielodisplásica de Baixo Risco: Eficácia e Otimização com Luspatercept

3 min. de leitura

Diretamente do ASH em San Diego, o Dr. Breno Gusmão1 e o Dr. Fábio Pires2 comentam, com exclusividade, os resultados dos estudos COMMANDS e LusPlus. Eles destacam a superioridade do luspatercept em relação à eritropoetina, além da abordagem de iniciar o tratamento com luspatercept em doses mais altas. Não perca os comentários exclusivos dos dois especialistas e descubra como esses dados podem transformar o manejo da SMD de baixo risco. Assista e confira todos os detalhes! 

1- Médico hematologista na BP, A Beneficência Portuguesa de São Paulo 

2- Médico hematologista na BP, A Beneficência Portuguesa de São Paulo e do Hospital Israelita Albert Einstein 

 

O estudo COMMANDS demonstrou que o luspatercept é superior à eritropoetina em pacientes com síndrome mielodisplásica (SMD) de baixo risco e dependência transfusional, que não haviam sido tratados previamente com eritropoetina. Os resultados indicaram que o luspatercept oferece respostas mais duradouras, com uma duração mediana de independência transfusional de cerca de três anos (154,7 semanas), em comparação com menos de dois anos (91,1 semanas) com eritropoetina. O estudo também revelou que o luspatercept é eficaz independentemente de fatores clínicos, como mutações no gene SF3B1, presença de sideroblastos em anel ou baixos níveis séricos basais de eritropoetina. Esses achados consolidam o luspatercept como uma opção terapêutica diferenciada, oferecendo benefícios significativos em termos de eficácia e durabilidade no manejo da SMD de baixo risco. 

Apesar da eficácia do protocolo de administraçãodo do luspatercept, o escalonamento de dose — que exige até sete administrações para avaliar a resposta — pode ser oneroso para o paciente e para os serviços de saude. O estudo LusPlus2 avaliou a possibilidade de iniciar o tratamento com uma dose mais alta de luspatercept (1,75 mg/kg) em pacientes dependentes de transfusão com SMD de baixo risco e fenótipo com sideroblastos em anel, refratários, intolerantes ou inelegíveis ao tratamento prévio com agentes estimuladores da eritropoiese. Os resultados mostraram que essa abordagem é bem tolerada, sem impacto nos efeitos adversos, e permite antecipar os benefícios para o paciente, otimizando os recursos e reduzindo o tempo e os custos do tratamento, além de possibilitar a identificação de pacientes não responsivos já na terceira dose. 

 

Referências:  

  1. Garcia-Manero, G et al. Long-Term Response Analysis of Transfusion Independence in Erythropoiesis Stimulating Agent–Naive Patients with Very Low-, Low-, or Intermediate-Risk Myelodysplastic Syndromes Treated with Luspatercept Vs Epoetin Alfa in the COMMANDS Trial. Presented at ASH 2024. Acesso em: Paper: Long-Term Response Analysis of Transfusion Independence in Erythropoiesis Stimulating Agent–Naive Patients with Very Low-, Low-, or Intermediate-Risk Myelodysplastic Syndromes Treated with Luspatercept Vs Epoetin Alfa in the COMMANDS Trial
  2. Götze, K.S.S. et al. Preliminary Safety and Efficacy of Luspatercept Initiated at Maximum Approved Dose in Patients with Transfusion Dependent Anemia Due to Very Low, Low and Intermediate Risk MDS with Ring Sideroblasts: First Results of the Lusplus Trial. Presented at ASH 2024. Acesso em: Paper: Preliminary Safety and Efficacy of Luspatercept Initiated at Maximum Approved Dose in Patients with Transfusion Dependent Anemia Due to Very Low, Low and Intermediate Risk MDS with Ring Sideroblasts: First Results of the Lusplus Trial 

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