Resultados preliminares indicam que a doença residual mínima (DRM) negativa está associada a uma sobrevida livre de progressão prolongada. Assista e confira todos os detalhes!
No Congresso Anual da Sociedade Americana de Hematologia (ASH) de 2024, a Dra. Adriana Rossi, onco-hematologista e co-diretora do Centro de Excelência em Mieloma Múltiplo do Mount Sinai, NY, apresentou os resultados do estudo GMMG-HD7, que avaliou a eficácia da adição de isatuximabe ao regime padrão de tratamento com bortezomibe, lenalidomida e dexametasona (VRd) versus VRd isolado para pacientes com mieloma múltiplo recém-diagnosticado e elegíveis para transplante.
Os dados mostram que pacientes tratados com Isa-VRd alcançaram maiores taxas de DRM- após indução e intensificação em comparação com o regime padrão VRd. Após a terapia de indução, 50,1% dos pacientes tratados com Isa-VRd atingiram DRM negativa, contra 35,6% no grupo VRd. Além disso, a sobrevida livre de progressão (SLP) foi significativamente mais longa em pacientes que alcançaram DRM negativa (HR 0,38; IC 95%: 0,26–0,55; p<0,001), com taxas de SLP em 3 anos de 88% para pacientes com DRM negativa, em comparação com 71% para aqueles com DRM positiva. Entre os pacientes que permaneceram com DRM positiva, aqueles tratados com Isa-VRd apresentaram uma SLP significativamente maior em comparação ao VRd (HR 0,64; IC 95%: 0,43–0,96; p=0,03), demonstrando o benefício contínuo da adição de isatuximabe para pacientes que não atingem DRM negativa.
O impacto da DRM- sustentada também foi analisado no início da terapia de manutenção. Pacientes que mantiveram DRM- apresentaram uma SLP de 90% em 3 anos, enquanto aqueles sem DRM- sustentada tiveram uma SLP de 77%. Estes resultados indicam que a DRM- sustentada ao longo do tempo está fortemente associada a melhores desfechos clínicos (HR 0,41; IC 95%: 0,25–0,65; p<0,001).
O estudo GMMG-HD7 confirma que alcançar e manter a DRM- é um forte preditor de melhores resultados no tratamento do mieloma múltiplo. A combinação Isa-VRd não apenas aumenta a profundidade da resposta inicial, mas também beneficia pacientes que não atingem DRM-.
Referências:
Mai EK et al. Impact of Minimal Residual Disease on Progression-Free Survival in Patients with Newly Diagnosed Multiple Myeloma Treated with Isatuximab, Lenalidomide, Bortezomib and Dexamethasone Induction Therapy in the Phase 3 GMMG-HD7 Trial. Presented at ASH 2024.
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