Um estudo neoadjuvante em fase 2 apresentado no ASCO 2019 avaliou o uso de atezolizumabe em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas em estádios clínicos entre 1A a 3B. Dos 101 pacientes tratados, recebendo dois ciclos de atezolizumabe, 90 foram submetidos a ressecção cirúrgica após o tratamento – desses, 19% apresentaram resposta patológica máxima (10% de células tumorais viáveis) e 5% completa. Os resultados são comentados pela Dra. Ana Gelatti, oncologista clínica e membro do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT).
“Em relação aos biomarcadores, o que se viu é que a resposta patológica máxima não está relacionada à carga mutacional ou com a expressão de PD-L1. A regressão do tamanho da lesão está, sim, relacionada à quantidade de resposta patológica tumoral”, conta. Ainda de acordo com Gelatti, a droga se mostrou segura, não apresentando nenhum evento adverso surpreendente e apontando para uma nova opção para pacientes com diagnóstico mais precoce. Além disso, 46 dos pacientes tinham estádio clinico 3A ou 3B – ainda que mais avançado, apresentando taxa de resposta patológica surpreendente. “Há outros estudos em andamento e de fase 3; então, vêm por aí outras grandes mudanças em relação ao tratamento do câncer de pulmão também na neoadjuvância”, comemora a oncologista.
Alameda Campinas, 579 – Jardim Paulista, São Paulo – SP, 01404-100
CEO: Thomas Almeida
Editor científico: Paulo Cavalcanti
Redatora: Bruna Marchetti
© 2020 Oncologia Brasil
A Oncologia Brasil é uma empresa do Grupo MDHealth. Não provemos prescrições, consultas ou conselhos médicos, assim como não realizamos diagnósticos ou
tratamentos.