Os inibidores de quinases dependentes de ciclina 4 e 6 (CDK4/6i, do inglês cyclin-dependent kinase 4 & 6 inhibitor) são uma opção de tratamento importante para pacientes com câncer de mama positivo para receptores hormonais, negativo para HER2, e doença metastática, em primeira linha ou após progressão à terapia endócrina.
No estudo MONARCH 2, a combinação de abemaciclibe, um CDK4/6i, a fulvestranto já havia demonstrado aumento em sobrevida livre de progressão. Agora, novos dados apresentados no ESMO Congress 2019 evidenciaram um benefício expressivo também em sobrevida global (SG), com o uso da terapia-alvo.
Conforme os resultados da análise interina (após 77% dos eventos) no congresso da European Society of Medical Oncology, que ocorre em Barcelona de 27 de setembro a 01 de outubro, as medianas de SG foram de 46,7 meses para o braço da combinação com CDK4/6i e de 37,3 meses para o braço de placebo e fulvestranto (HR: 0,757; IC 95%: 0,606-0,945; p = 0,0137). Esses valores atingiram o limite pré-definido para significância e já definem um benefício estatístico para esse desfecho.
Outro dado importante é o de que o benefício de SG se manteve em todos os subgrupos avaliados, mas foi principalmente expressivo nas pacientes com metástases viscerais e resistência primária à terapia endócrina. Além disso, para os desfechos de sobrevida livre de segunda progressão (HR: 0,675) e tempo para início de quimioterapia (HR: 0,622) o benefício também foi significativo.
Os resultados de SG do estudo MONARCH 2 reiteram o ganho inequívoco da adição de abemaciclibe a fulvestranto no tratamento inicial do câncer de mama hormônio positivo metastático. O aumento em sobrevida mostra que, apesar de desafiadora, a busca por novas estratégias de tratamento tem gerado frutos importantes para as pacientes acometidas por essa doença.
O ESMO Congress 2019 acontece entre os dias 27 de setembro e primeiro de outubro em Barcelona, Espanha e reúne especialistas do mundo todo para discutir o que há de mais recente na pesquisa oncológica, com apresentação de dados que podem mudar a prática da oncologia e consequente promoção de um atendimento melhor ao paciente. Confira a cobertura no site www.oncologiabrasil.com.br/esmo-19, e nas nossas redes sociais.
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