Avanços no Câncer de Próstata Metastático Resistente à Castração - Oncologia Brasil

Avanços no Câncer de Próstata Metastático Resistente à Castração

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O Dr. Diogo Bastos, oncologista do Hospital Sírio-Libanês e membro do LACOG-GU, abordou alguns dos principais estudos relacionados ao manejo de pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração (CPRCm), apresentados na ASCO-GU 2019, evento que reúne alguns dos maiores estudiosos em tumores genitourinários do mundo e ocorre em São Francisco (EUA), de 14 a 16 de fevereiro.

O primeiro estudo comentado avaliou a conversão de células circulantes tumorais até o valor zero/indetectável (CTC0) após tratamento, em pacientes com câncer de próstata. O Dr. Diogo destaca que, em comparação ao declínio de PSA, esse parâmetro se correlacionou com prognóstico e sobrevida de maneira mais fidedigna. Infelizmente, esse biomarcador ainda não é disponível para a prática clínica em muitos países.

Um segundo estudo, em que foi avaliada a combinação de nivolumabe e ipilimumabe em CPRCm, mostrou benefício em um subgrupo de pacientes, mas também revelou toxicidades em taxas maiores do que as vistas em estudos para outras histologias, como melanoma e carcinoma de células renais. O oncologista ressaltou a necessidade de futuras avaliações para que se entenda melhor essas toxicidades no contexto de pacientes com câncer de próstata.

Por fim, destacou-se estudo de combinação de pembrolizumabe e olaparibe em pacientes sem alteração de genes de reparo de DNA, com CPRCm, que mostrou atividade dessa combinação nesses pacientes, com taxas de resposta (TR) girando em torno de 10-15%, um valor similar à TR de pembrolizumabe isolado. Novos estudos randomizados são aguardados para determinar o papel dessas técnicas e tratamentos nesse cenário.