O uso da imunoterapia em tumores com deficiência das proteínas de reparo do DNA vem crescendo, principalmente após a aprovação pelo FDA de pembrolizumabe para tumores agnósticos. Um estudo de fase II publicado recentemente no Journal of Clinical Oncology avaliou o papel de um anti-PD-L1, o avelumabe, em pacientes com câncer de endométrio previamente tratados.
Os pacientes foram divididos em duas coortes – uma com deficiência das proteínas de reparo do DNA por imunohistoquímica (MMRD – mismatch repair deficient) e/ou mutação no gene POLE (exonuclease domain of polymerase) e a outra com proficiência das proteínas de reparo do DNA (MMRP) – e expostos a avelumabe. Das 33 pacientes incluídas, não foi encontrada nenhuma com mutação em POLE e a coorte com MMRP foi fechada precocemente por futilidade.
Entre os 15 pacientes que iniciaram avelumabe na coorte com MMRD, uma apresentou resposta completa e outras três respostas parciais (ORR 26,7%). A sobrevida livre de progressão em 6 meses foi de 40%. As respostas foram observadas mesmo na ausência de expressão de PD-L1. Em relação aos eventos adversos, 19,4% dos pacientes apresentaram toxicidades grau 3, sendo os mais comuns anemia e diarreia. Não houve toxicidades graus 4 e 5.
Com estes dados, concluímos que o avelumabe é uma estratégia promissora para o tratamento dos tumores de endométrio previamente tratados, com deficiência das proteínas de reparo do DNA. Você pode ler o trabalho original aqui.
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