Bevacizumabe (BEV) é freqüentemente usado no tratamento de gliomas recorrentes de grau II e III da OMS, mas sem evidência de apoio de ensaios randomizados. Neste contexto, o estudo fase II TAVAREC, do grupo europeu EORTC, avaliou o uso de bevacizumabe adicionado a tomozolomida (TMZ) versus TMZ isolada, em pacientes com primeira recorrência de glioma grau II ou III sem a co-deleção 1p / 19q.
Foram randomizados e tratados 155 pacientes. A taxa de sobrevida global aos 12 meses foi de 61% no grupo da TMZ (IC 80%: 53–69) e 55% no grupo da combinação BEV+TMZ (47–69). A toxicidade mais frequente foi a hematológica: 23% no grupo de monoterapia e 33% no grupo da combinação desenvolveram toxicidade hematológica de graus 3 ou 4. Além das toxicidades hematológicas, os eventos adversos mais comuns foram distúrbios do sistema nervoso – 79% no grupo de monoterapia e 86% no grupo de combinação; infecções foram mais frequentemente relatadas no grupo de combinação (38%) do que no grupo de monoterapia (23%).
Segundo os autores, o estudo não encontrou evidência de melhora na sobrevida com o tratamento combinado com BEV e TMZ versus TMZ monoterapia, não havendo suporte para estudos de fase 3 adicionais sobre o papel do bevacizumabe nesta doença.
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