No mês dedicado à conscientização do câncer de pulmão; a prevenção, o rastreio precoce e abordagens terapêuticas cada vez mais específicas buscam conjuntamente combater esse que é um dos tumores mais incidentes na população mundial.
O mês de agosto é marcado mundialmente pelas campanhas de conscientização e prevenção ao câncer de pulmão, no chamado “Agosto Branco”. Estas campanhas têm como objetivo trazer visibilidade a esse tipo de tumor e conscientizar a população acerca das medidas relacionadas a prevenção e diagnóstico precoce.
O câncer de pulmão lidera as taxas de mortalidade dentre todos os tipos tumorais, apesar de não ser o tipo de câncer mais comum mundialmente, perdendo para mama e próstata. No Brasil, as estimativas mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (INCA) esperam para o triênio 2020-2022 em média 30.200 novos casos de câncer de pulmão. Essas estimativas nacionais e mundiais, ressaltam a importância da difusão dos conhecimentos sobre essa doença, sobretudo, as suas maneiras de prevenção e a importância do diagnóstico preciso e precoce.
Os tipos de câncer de pulmão se subdividem em câncer de pulmão de pequenas células (CPPC) e os de não-pequenas células (CPNPC), sendo o último o mais comum. Ao longo dos anos observa-se uma queda na taxa de incidência devido à redução da prática tabagista. Uma vez que 85% dos casos de câncer de pulmão estão relacionados ao tabagismo, como medida de enfrentamento, no Brasil, dedica-se o dia 29 de agosto para o Dia Nacional do Combate ao Fumo, como ferramenta para ações nacionais de sensibilização e mobilização da população contra os danos causados pelo tabaco, sendo essas ações parte do Programa Nacional de Controle ao Tabagismo.
No entanto, mesmo com alta relação com o tabagismo outras causas como a exposição a agentes químicos ou físicos (poluição, por exemplo), infecções pulmonares recorrentes, bronquite crônica e fatores genéticos que podem, ou não, estar correlacionados aos demais fatores descritos. Essas causas, de modo geral, independem de sexo, raça e demais condições socioeconômicas.
Tendo em vista que o câncer de pulmão detém um crescimento geralmente lento e com um perfil de sinais e sintomas extremamente heterogêneos, com alguns casos assintomáticos; muitos pacientes convivem por anos com o tumor, até que ele se torne realmente detectável clinicamente, estando muitas vezes em estadiamentos avançado e de pior prognóstico.
Como medida clínica para esse enfrentamento, muito além do controle do tabagismo, exames de rastreamento em fumantes, ex-fumantes e também não fumantes, é uma forma de assegurar diagnóstico precoce. Via de regra o rastreamento da doença é realizado por meio de tomografia computadorizada com baixas doses de radiação, capaz de identificar possíveis lesões pulmonares iniciais e em estágios muitas vezes curáveis. Diversos estudos publicados por relevantes sociedades internacionais de doenças respiratórias e oncologia, apontam que o uso do rastreio por tomografia computadorizada com baixas doses reduz em aproximadamente 20% as chances de mortalidade por essa doença.
Uma vez diagnosticado, a conduta clínica é variável conforme o tipo do câncer de pulmão e o estágio da doença. Atualmente, para o tratamento desse tipo tumoral, dada sua alta incidência, quase todas as abordagens clínicas são disponíveis, desde as tradicionais cirurgia e quimioterapia até as mais inovadoras e promissoras como a terapia alvo e imunoterapia.
Dentre as abordagens de tratamento, os testes genéticos focados em mutações e análise molecular, permitem atualmente, decisões terapêuticas mais assertivas e uma medicina personalizada visando maior sucesso para o paciente. As mutações específicas presentes no tumor e moléculas por ele expressas, permitem direcionamento dentre as diversas linhas de tratamento disponíveis, fortalecendo, a importância do rastreamento e de uma equipe multidisciplinar especializada.
Além do avanço de rastreamento e testes genéticos/moleculares, o avanço das terapias têm buscado e aumentado as taxas de sobrevida dos pacientes e reduzido as taxas de mortalidade. Atualmente, umas das linhas de tratamento, especialmente em alguns casos de câncer de pulmão de células não-pequenas é a imunoterapia com inibidores de checkpoints imunológicos que demonstrou aumentar a taxa de resposta, e sobrevida dos pacientes em detrimento do tratamento com quimioterapia.
Portanto, a visibilidade atribuída ao câncer de pulmão no mês de agosto busca, principalmente, garantir uma conscientização de toda a população sobre essa doença e alertar para seus sinais e sintomas e para a importância do rastreamento independente do habito tabágico. O conhecimento e avanço científico de todos esses fatores, atrelados a uma equipe especializada, permite com que, hoje, pacientes diagnosticados com câncer de pulmão tenham melhore condições de vida, melhor prognóstico, e consequentemente maior sucesso terapêutico.
Para saber mais sobre o câncer de pulmão, acesse: https://materiais.programafazbem.com.br/agosto-branco
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