Câncer de Rim: novos dados sobre combinação de nivolumabe e ipilimumabe

O Dr. Diogo Bastos, Oncologista Clínico do Hospital Sírio-Libanês e do ICESP, membro do LACOG-GU, comenta os dados da atualização do CheckMate 214, estudo que avaliou a combinação de nivolumabe e ipilimumabe em pacientes com câncer de rim metastático, apresentada no ASCO-GU 2019, evento que ocorre em São Francisco (EUA), de 14 a 16 de fevereiro.

O Dr. Diogo Bastos, oncologista clínico do Hospital Sírio-Libanês e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), membro do LACOG-GU, comenta os dados da atualização do CheckMate 214, estudo que avaliou a combinação de nivolumabe e ipilimumabe (Nivo + Ipi) em pacientes com carcinoma renal de células claras metastático (CRCCm), apresentada no Genitourinary Cancers Symposium – ASCO-GU 2019, evento que ocorre em São Francisco (EUA), de 14 a 16 de fevereiro.

O estudo de fase III comparou Nivo + Ipi a sunitinibe em pacientes com CRCCm, buscando avaliar pacientes de risco intermediário e alto, mas incluindo também pacientes de baixo risco. O Dr. Diogo lembra que o estudo já se encontra publicado no NEJM, com resultados evidenciando ganho em sobrevida global (SG) na população de risco intermediário e alto para o braço de imunoterapia, mas favorecendo o uso de sunitinibe na população de baixo risco.

O médico comentou a atualização dos dados após seguimento mediano de 30 meses, com ganho mantido de Nivo + Ipi para o subgrupo de maior risco, com aumento da ordem de 13% em SG. Já em relação à população de baixo risco, os novos dados não mais apontam diferença estatisticamente significativa em relação aos dois braços, mas mostra ganho em taxa de resposta completa para o grupo de imunoterapia, com valores de 8% vs. 4%. O oncologista ressalta que esses dados promissores reforçam a eficácia desse tratamento nos pacientes de maior risco, mas também apontam o mesmo como potencial opção na população de baixo risco.