Combinação dabrafenibe e trametinibe: resultados promissores para neoadjuvância de melanoma - Oncologia Brasil

Combinação dabrafenibe e trametinibe: resultados promissores para neoadjuvância de melanoma

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Um novo estudo australiano publicado no Lancet Oncol avaliou a eficácia da combinação do inibidor de BRAF dabrafenibe (DBR) ao inibidor de MEK trametinibe (TRA), para tratamento neoadjuvante de pacientes com melanoma estádios IIIB-C e mutação V600 no gene BRAF.

O estudo de fase II NeoCombi testou, em braço único, a combinação de DBR e TRA por 12 semanas antes da cirurgia de ressecção do melanoma primário e manteve a terapia-alvo adjuvante por até 40 semanas após o procedimento. Nos desfechos principais de resposta por RECIST e de resposta patológica completa (RPC), 30 (86%) dos 35 pacientes incluídos apresentaram resposta clínica (16 respostas completas e 14 respostas parciais), sendo 16 respostas completas, enquanto que os cinco pacientes restantes apresentaram doença estável.

Todos os 35 pacientes avaliados tiveram algum grau de resposta patológica, com 17 deles apresentando RPC e 18 apresentando resposta parcial. Em 29% dos pacientes houve relato de algum evento adverso graus 3-4, sendo que seis pacientes apresentaram eventos adversos considerados graves. Os principais eventos adversos de quaisquer graus foram fadiga e cefaleia, sendo febre a toxicidade grau três o mais comum.

Ainda assim, todos os pacientes foram submetidos a cirurgia com intuito curativo e não houve eventos fatais associados ao tratamento. Durante o seguimento, 20 pacientes (57%) apresentaram recidiva da doença, sendo 11 recorrências locorregionais e nove sistêmicas. A eficácia promissora e a ausência de progressão de doença durante a neoadjuvância fazem da combinação de dabrafenibe e trametinibe uma potencial estratégia para esses pacientes.

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