Neste vídeo, Dr. Rodrigo Dienstmann, Diretor Médico OC Precision Medicine no Grupo Oncoclínicas, comenta sobre o uso amivantamabe tanto em monoterapia quanto em combinação com lazertinibe no tratamento do câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) avançado EGFR mutado pós progressão a osimertinibe
Durante o Congresso Anual da ESMO 2021, foram apresentados os resultados clínicos de pacientes tratados no CHRYSALIS (NCT02609776), um estudo em andamento, aberto, multicêntrico, de fase I, cujo objetivo é avaliar a segurança, farmacocinética e eficácia do amivantamabe em monoterapia e em combinação com lazertinibe ou com carboplatina e pemetrexede em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) avançado EGFR mutado. Na mini sessão oral do Congresso, foram divulgados os dados de eficácia de amivantamabe em monoterapia e em combinação com lazertinibe, um inibidor de tirosina quinase de terceira geração, irreversível, seletivo para tumores EGFR mutados.
Pacientes que progrediram com osimertinibe foram agrupados para formar o grupo da monoterapia, a maioria dos quais foram pré-selecionados para C797S/outras mutações de resistência ou amplificação MET. O grupo da combinação compreendia pacientes não selecionados, que progrediram com osimertinibe, mas eram virgens de quimioterapia. A resposta foi avaliada pelo investigador de acordo com RECIST v1.1.
Resultados
Em 19 de abril de 2021, 121 indivíduos no grupo da monoterapia (85% com resistência baseada em EGFR/MET) e 45 no grupo da combinação (38% com resistência baseada em EGFR/MET) foram avaliados para eficácia, com acompanhamento médio de 6,9 e 11,1 meses, respectivamente.
A atividade antitumoral foi observada no grupo da monoterapia, com 33 apresentando resposta parcial (RP) como a melhor resposta, dos quais 23 foram confirmados. A taxa de resposta objetiva (TRO) foi de 19% (IC 95%: 12-27). No grupo da combinação, 1 resposta completa e 15 parciais foram observadas. A TRO foi de 36% (IC 95%: 22–51). A duração mediana de resposta foi de 5,9 meses com a monoterapia e 9,6 meses com a combinação. O perfil de segurança para ambos os grupos foi consistente com a relatada anteriormente. Nenhum novo sinal foi identificado.
Os autores concluem que a atividade antitumoral de amivantamabe + lazertinibe no cenário pós osimertinibe tende a ser favorável, mesmo sem a seleção molecular pós-falha a osimertinibe.
Ainda no Congresso, foi apresentado o CHRYSALIS-2 (NCT04077463), um estudo de fase I/Ib, aberto e em andamento, que inclui uma coorte de braço único (coorte A) para avaliar a combinação de amivantamabe + lazertinibe em pacientes com CPNPC avançado, com deleção do éxon 19 ou mutação L858R no éxon 21 do gene EGFR, cuja doença progrediu após tratamento padrão com osimertinibe e quimioterapia à base de platina (3ª ou 4ª linha; considerada população “alvo”) e em pacientes pré-tratados mais intensamente (5ª linha em diante).
Os pacientes receberam a dose de combinação recomendada, sendo 1050 mg IV de amivantamabe (ou 1400 mg para aqueles ≥ 80 kg) + 240 mg oral de lazertinibe. A resposta avaliada pelo investigador por RECIST v1.1 é relatada para os pacientes com ≥ 2 avaliações de doença pós baseline.
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