Combinação de axitinibe e novo anti-PD1 leva a respostas importantes em pacientes com melanoma de mucosa metastático - Oncologia Brasil

Combinação de axitinibe e novo anti-PD1 leva a respostas importantes em pacientes com melanoma de mucosa metastático

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Apesar de o advento da imunoterapia com inibidores de correceptores imunes ter mudado o paradigma do tratamento do melanoma metastático, o melanoma de mucosa permanece um subtipo que não responde satisfatoriamente à monoterapia com anticorpos monoclonais anti-PD1. Mesmo sendo raros em populações ocidentais, esses tumores são consideravelmente frequentes na Ásia e sua agressividade parece ter associação com a expressão de fator de crescimento endotelial vascular (VEGF, do inglês vascular endothelial growth factor) no microambiente tumoral.

Visando a encontrar terapias mais eficazes para essa neoplasia, pesquisadores chineses avaliaram a atividade da combinação do novo anti-PD1 toripalimabe e do inibidor do receptor de VEGF axitinibe nesse cenário, em novo estudo de fase IB publicado no Journal of Clinical Oncology. Pacientes com melanoma de mucosa metastático foram incluídos e foi oferecido tratamento com toripalimabe, nas doses de 1 ou 3 mg/kg a cada 2 semanas, associado a axitinibe, 5 mg ao dia, por via oral, em um desenho de ensaio de escalonamento de dose e expansão de coorte.

O objetivo primário de segurança da combinação foi avaliado nos 33 pacientes recrutados, sendo reportados 39,4% de eventos adversos graus 3 ou superior. Nos 29 pacientes que não haviam sido tratados previamente com quimioterapia, a taxa de resposta foi de 48,3%, com sobrevida livre de progressão de 7,5 meses.

Ainda que tenha apresentado uma atividade antineoplásica promissora, a combinação de anti-VEGFR e anti-PD1 deve ser avaliada em novos estudos de fase III. Dados de ensaios que envolvam populações não asiáticas são aguardados para validação desse benefício em pacientes ocidentais. O estudo completo você pode acessar aqui.