A aprovação acelerada das drogas é uma nova opção de tratamento para os pacientes com CHC.
No mês março deste ano, o FDA americano (U.S. Food and Drug Administration) realizou a aprovação acelerada da combinação nivolumabe mais ipilimumabe para uso em pacientes com carcinoma hepatocelular que foram tratados previamente com sorafenibe, trazendo mais uma nova opção de tratamento aos pacientes com CHC. Essa indicação foi aprovada com base nos resultados da taxa de resposta objetivo (ORR) e duração de resposta (DoR).
O FDA recomenda as seguintes doses dos imunoterápicos: 1 mg/kg de nivolumabe mais 3 mg/kg de ipilimumabe no mesmo dia, a cada 3 semanas, por um total de 4 doses. Após esse período, administrar 240 mg de nivolumabe a cada 2 semanas ou 480 mg a cada 4 semanas como terapia de manutenção.
A eficácia da combinação foi investigada na coorte 4 do CHECKMATE-040, (NCT01658878), um ensaio clínico aberto, multicêntrico, de coorte múltipla, realizado em pacientes com CHC que progrediram ou eram intolerantes ao sorafenibe.
O estudo incluiu pacientes que eram expressores e não expressores de PD-L1 (programmed cell death ligand-1). Os principais critérios de elegibilidade incluíram a confirmação de CHC e de cirrose hepática classe A de Child-Pugh. Os critérios adicionais de elegibilidade incluíram aqueles que apresentavam ou não infecção ativa pelos vírus das hepatites B ou C. Pacientes com doença autoimune ativa, metástase cerebral, história de encefalopatia hepática, ascite clinicamente significativa, infecção pelo HIV ou coinfecção ativa por HBV e HCV, ou HBV e HDV foram excluídos. Pacientes com CHC fibrolamelar conhecido, CHC sarcomatoide e colangiocarcinoma misto também foram excluídos.
Um total de 49 pacientes receberam nivolumabe 1 mg/kg em combinação com ipilimumabe 3 mg/kg a cada 3 semanas por quatro doses, seguidos por nivolumabe 240 mg em monoterapia a cada 2 semanas, até a progressão da doença ou toxicidade inaceitável.
Os principais desfechos foram:
Reações adversas graves ocorreram em 59% dos pacientes que foram expostos a ipilimumabe e nivolumabe. O tratamento foi interrompido em 29% dos pacientes e atrasado em 65% dos indivíduos devido a reações adversas. As reações graves relatadas em ≥4% dos pacientes foram: pirexia, diarreia, anemia, aumento da AST, insuficiência adrenal, ascite, hemorragia por varizes esofágicas, hiponatremia, aumento da bilirrubina no sangue e pneumonite. As reações adversas mais comuns (relatadas em ≥20% dos pacientes) foram exantema (53%), prurido (53%), dor musculoesquelética (41%), diarreia (39%), tosse (37%), diminuição do apetite (35%), fadiga (27%), pirexia (27%), dor abdominal (22%), dor de cabeça (22%), náusea (20%), tontura (20%), hipotireoidismo (20%) e diminuição de peso (20%).
Conheça o estudo completo:
Yau, T, Kang YK, Kim TY, El-Khoueiry AB, Santoro A, Sangro B, et al.,
Nivolumab (NIVO) + ipilimumab (IPI) combination therapy in patients (pts) with advanced hepatocellular carcinoma (aHCC): Results from CheckMate 040. Journal of Clinical Oncology 2019 37:15_suppl, 4012-4012
An Immuno-therapy Study to Evaluate the Effectiveness, Safety and Tolerability of Nivolumab or Nivolumab in Combination With Other Agents in Patients With Advanced Liver Cancer (CheckMate040) (https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT01658878)
Alameda Campinas, 579 – Jardim Paulista, São Paulo – SP, 01404-100
CEO: Thomas Almeida
Editor científico: Paulo Cavalcanti
Redatora: Bruna Marchetti
© 2020 Oncologia Brasil
A Oncologia Brasil é uma empresa do Grupo MDHealth. Não provemos prescrições, consultas ou conselhos médicos, assim como não realizamos diagnósticos ou
tratamentos.