Neste vídeo, Dra. Angelica Nogueira, Oncologista Clínica, Professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Idealizadora do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos, comenta sobre os resultados do estudo DESTINY-Breast 01, 02 e 03 apresentados durante o congresso da European Society for Medical Oncology – ESMO ® 2023. Os resultados mostram que T-DXd apresenta eficácia expressiva na indução de resposta intracranial e controle da doença, inclusive em pacientes com metástase cerebral não tratada/ativa. Confira o conteúdo na íntegra!
Dentre os tumores de mama metastáticos, cerca de 15-20% apresentam superexpressão ou amplificação do gene HER2, o que torna esse receptor um alvo terapêutico de interesse. Atualmente, o fármaco Trastuzumabe Deruxtecano (T-DXd) já se encontra aprovado para o tratamento de tumores HER2+ irressecáveis ou metastáticos em linhas subsequentes, e se trata de um anticorpo anti-HER2 conjugado à uma droga citotóxica.
Esse fármaco foi amplamente avaliado e demonstrou eficácia e segurança em uma série de estudos clínicos DESTINY-Breast, de modo que os estudos DESTINY-Breast 01 e DESTINY-Breast 02 avaliaram T-DXd em pacientes com resistência ou refratariedade ao Trastuzumabe Entansina e o DESTINY-Breast 03 em pacientes tratados anteriormente com Trastuzumabe e Taxano. Apresentado no ESMO Congress 2023, Sara Hurvitz e demais investigadores realizaram uma análise combinada dos 3 estudos DESTINY-Breast, focando na eficácia e segurança de T-DXd do ponto de vista de metástases cerebrais ao baseline.
Foram analisados 148 pacientes com metástases cerebrais tratados com T-DXd, de modo que 70,3% dos pacientes trataram/estabilizaram a metástase e 29,7% não a trataram. Essa população apresentou mediana de 3 (1-14) regimes terapêuticos anteriores no contexto metastático. A mediana de duração do tratamento foi de 12,7 meses (0,7-45,1) no grupo T-DXd e 5,6 meses (0,1-43,0) nos respectivos comparativos.
Pacientes que receberam o Trastuzumabe Deruxtecano apresentaram melhores taxas de resposta global com relação aos seus comparativos, tendo taxas expressivamente inferiores de progressão da doença (2,9% vs. 12,1%; 2,3% vs. 20%). Quando avaliada a taxa de resposta objetiva no cérebro, T-DXd ofereceu melhores taxas de resposta completa e resposta parcial com relação aos comparativos (45,2% vs. 27,6%; 45,5% vs. 12%) além de prolongar a sobrevida livre de progressão no SNC (12,3 meses vs. 8,7 meses; 18,5 meses vs. 4,0 meses). Com relação à segurança, mediante avaliação das toxicidades G3 ou superiores, relacionados ao fármaco, os investigadores consideraram o perfil aceitável e manejável.
Em suma, Trastuzumabe Deruxtecano demonstrou, de modo geral, resposta robusta intracranial, com medianas prolongadas de duração de resposta e sobrevida livre de progressão intracranial, até mesmo em pacientes com metástase cerebral ativa/não tratada.
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