Eribulina é aprovada para 2ª linha de tratamento em Câncer de Mama avançado com base em ganho de sobrevida - Oncologia Brasil

Eribulina é aprovada para 2ª linha de tratamento em Câncer de Mama avançado com base em ganho de sobrevida

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, aprovou, no segundo semestre de 2018, a expansão do uso de eribulina (HALAVEN®) para terapia de 2ª linha para câncer de mama localmente avançado ou metastático, passando a incluir pacientes que receberam tratamento prévio contendo uma antraciclina e um taxano tanto no quadro adjuvante como no metastático.

Esta aprovação foi baseada no estudo fase III que avaliou 1.102 pacientes quanto à eficácia e segurança da eribulina e da capecitabina em monoterapia. Variando da primeira à terceira linha de tratamento na doença avançada, a eribulina demonstrou um aumento numérico de Sobrevida Global (SG) na população total do estudo (15,9 vs. 14,5 meses) e prolongou significativamente a SG em comparação à capecitabina nos seguintes subgrupos: HER2 negativo (15,9 Vs. 13,5 meses; HR 0,84; p=0,03) e pacientes com câncer de mama triplo-negativo (14,4 Vs. 9,4 meses; HR 0,70; p=0,01).

A eribulina é o primeiro e único agente quimioterápico em monoterapia que prolongou significativamente a Sobrevida Global em estudo de Fase III em pacientes com câncer de mama metastático após tratamento prévio com antraciclina e taxano. Os mecanismos que propiciaram este benefício não são totalmente claros, mas possivelmente a transformação do fenótipo das células tumorais (de mesenquimal para epitelial) por ação direta e na vascularização tumoral, bem como a diminuição da capacidade de migração e invasão, contribuíram para o aumento da sobrevida. Com esta expansão da indicação, eribulina poderá ser utilizada em estágios mais precoces do câncer de mama localmente avançado ou metastático.

Acompanhe no vídeo abaixo, com o Dr. Javier Cortes (Hospital Ramón YCajal e IOB – Institute of Oncology, Espanha):

 

Referência
Kaufman PA, Awada A, Twelves C, et al. Phase III open-label randomized study of eribulin mesylate versus capecitabine in patients with locally advanced or metastatic breast cancer previously treated with an anthracycline and a taxane. J Clin Oncol. 2015;33(6):594-601.