Ensaio clínico apresentado na ASCO 2021 mostrou eficácia da associação dos dois medicamentos contra tumores com amplificação ou hiperexpressão de HER2
A ASCO 2021, o maior congresso de oncologia do mundo, teve seu primeiro dia marcado por apresentações sobre biomarcadores de medicina de precisão. O Dr. Marcelo Corassa, médico oncologista e pesquisador do A.C. Camargo Cancer Center, comentou sobre os resultados do estudo MyPathway HER2, ensaio clínico que combinou pertuzumabe + trastuzumabe em pacientes ECOG ≤ 2 politratados, com HER2 amplificado ou hiperexpresso.
A taxa de resposta foi de 23,1% (endpoint primário), com duração de resposta de 7,9 meses. A sobrevida livre de progressão, por outro lado, foi de 2,8 meses. De acordo com o oncologista, o resultado demonstra que os respondedores tendem a evoluir bem, mas os cerca de 75% de não respondedores apresentam progressão rápida.
Assista à análise completa abaixo:
Dr. Marcelo Corassa acrescenta que o resultado é interessante do ponto de vista terapêutico, mas é necessário entender quem são os pacientes verdadeiramente respondedores ao bloqueio anti-HER2.
“Será que o bloqueio intensivo com anticorpos será suficiente ou a quimioterapia, ou mesmo os conjugados droga-anticorpo, possam ser mais
interessantes? O trastuzumabe deruxtecan, por exemplo, mostrou seu importante papel neste cenário, com resultados muito animadores em cânceres de pulmão, gástrico e colorretal. Qual será a melhor opção? Só o tempo dirá”, pondera.
“O fato que temos de levar em consideração, hoje, é: quanto a gente tem de informação na mão? Eu diria que é pouco. Afinal de contas, é uma população extremamente restrita. Mas devemos ficar atentos, pois, talvez, para alguma população específica, a combinação de dois bloqueadores HER2 faça sentido”, conclui o especialista.
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Referências:
DOI: 10.1016/S1470-2045(18)30904-5
DOI: 10.1200/JCO.2020.38.15_suppl.9504
DOI: 10.1056/NEJMoa2004413
DOI: 10.1016/S1470-2045(21)00086-3
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