Conforme resultados de estudo realizado na Califórnia, com a participação de cem pacientes com idade média de 53 anos.
Em um estudo publicado no The Journal of Clinical Oncology, o pesquisador Dieli-Conwright e outros, descobriram que uma intervenção de exercícios aeróbios e de resistência foi capaz de reduzir os fatores de síndrome metabólica e obesidade sarcopênica entre pacientes de câncer de mama com sobrepeso, obesas e sedentárias.
Detalhes do Estudo
Na investigação, 100 mulheres do University of Southern California Norris Comprehensive Cancer Center e do Los Angeles County Hospital foram randomizadas a uma série de exercícios aeróbios e de resistência (n = 50) ou cuidado usual (n = 50). O grupo do exercício participou de exercícios de grau leve a moderado (em um máximo de 65% a 85% da frequência cardíaca) três vezes por semana durante o período de 16 semanas.
O resultado primário foi o escore z da síndrome metabólica, com a pontuação baseada na circunferência da cintura, pressão sanguínea sistólica e diastólica, colesterol HDL, triglicerídeos, e taxa de glicose no sangue. As variáveis da síndrome metabólica, obesidade sarcopênica, e biomarcadores foram avaliados no início do estudo, no período pós-intervenção de 4 meses, e nos 3 meses subsequentes (para o grupo de exercício apenas). As pacientes tinham uma idade média de 53 anos, 46% delas eram obesas e 74% eram minorias étnicas.
Resultados da intervenção
A taxa de aderência da intervenção foi de 95% e dados pós-intervencionais ficaram disponíveis para 91% das pacientes. No início, 77% das pacientes tinham síndrome metabólica. Após a realização, somente 15% do grupo que se exercitou e 80% do grupo que passou pelo cuidado usual apresentaram síndrome metabólica.
O escore z da síndrome metabólica pós-intervencional apresentou uma melhora significativa no grupo de exercício, comparado ao grupo que passou pelo cuidado usual (P < .001), assim como os indicadores pós-intervenção de obesidade sarcopênica, como índice de massa esquelético apendicular (P = .001) e índice de massa corporal (P = .001), além de biomarcadores circulantes, incluindo insulina (P = .002), IGF-1 (P = .001), leptina (P = .001) e adiponectina (P = .001). Nos primeiros 3 meses pós-intervenção, todas as variáveis da síndrome metabólica apresentaram uma constante e significante melhora, versus o início do estudo para o grupo que se exercitou (P < .01).
Os pesquisadores concluíram que “A combinação de exercícios aeróbios e de resistência atenuaram efetivamente a síndrome metabólica, a obesidade sarcopênica, e biomarcadores relevantes em uma amostra diversa de sobreviventes de câncer de mama com sedentarismo, sobrepeso ou obesidade. Nossas descobertas sugerem uma prescrição de exercício focada, a fim de melhorar a síndrome metabólica em sobreviventes de câncer de mama e sustenta a incorporação de programas clínicos de exercícios supervisionados no tratamento do câncer de mama e durante o plano de cuidados para sobreviventes.”
O estudo foi realizado através de recrusos das entidades americanas National Cancer Institute e National Center for Advancing Translational Science.
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