Expectativas sobre a terapia anti-HER2 em câncer colorretal - Oncologia Brasil

Expectativas sobre a terapia anti-HER2 em câncer colorretal

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Neste vídeo, o Dr. Tiago Biachi, oncologista clínico e membro associado do Departamento de Oncologia Gastrointestinal do Moffitt Cancer Center, entrevista o Dr. Allan Pereira, oncologista clínico do Hospital Sírio Libanês sobre os destaques da terapia anti-HER2 em pacientes com câncer de colorretal. Acesse e confira na íntegra!

 

 

Neste episódio da Sessão de Controvérsias, os especialistas debatem sobre os principais destaques e expectativas sobre a terapia anti-HER2 em pacientes com câncer colorretal. Estima-se que esse o perfil de paciente com amplificação da expressão do oncogene HER2 representa cerca de 10% do total dos casos e novos estudos têm buscado avaliar opções capazes de fornecer uma melhor alternativa terapêutica. 

O debate inicia destacando que o ensaio clínico HERACLES A foi um dos pioneiros em avaliar o bloqueio da via de HER2 com a combinação de trastuzumabe e lapatinibe e, recentemente, o estudo DESTINY-CRC01 devolveu destaque a esse tema, fomentando a discussão dos profissionais de saúde ao avaliar o uso de trastuzumabe deruxtecano (T-DXd) em alta dose (6.4 mg/kg) em pacientes com câncer colorretal HER2 politratados que, inclusive, poderiam ter sido recebido terapia anti-HER2. Os resultados demonstraram taxa de respostas acima de 40%, sobrevida livre de progressão de 7 meses e sobrevida global de 15 meses. Contudo, a toxicidade dessa estratégia é a principal causa de preocupação das equipes médicas. Então, o estudo DESTINY-CRC02, apresentado na ASCO® em 2023, revelou dados satisfatórios no uso de uma dose menor (5.4 mg/kg) que também demonstrou respostas interessantes em pacientes com RAS mutado. 

Na conversa, os especialistas também abordam outros estudos relevantes para o tratamento de pacientes com câncer colorretal, como o MOUNTAINEER, que apresentou dados animadores com o uso da combinação de trastuzumabe e tucatinibe em pacientes politratados com RAS selvagem, proporcionando uma taxa de resposta de aproximadamente 40% com um perfil de segurança melhor em relação ao T-DXd, mas esse também ainda é um estudo pequeno que incluiu um número relativamente baixo de participantes. Além da abordagem dos ensaios clínicos e relatos de casos, o Dr. Allan Pereira discute a importância da biópsia líquida e o diagnóstico molecular como ferramentas importantes para fornecer maior clareza sobre o sequenciamento terapêutico desses pacientes. 

Sendo assim, este episódio da Sessão de Controvérsias apresenta um debate rico em detalhes sobre os dados de ensaios clínicos importantes envolvendo o câncer colorretal, assim como a apresentação de relatos clínicos e análise do panorama das terapias disponíveis no Brasil. 

Acesse e confira!