A eficácia foi investigada no ARROW, um ensaio clínico multicêntrico, aberto, multicoorte, que recrutou pacientes com tumores que continham alterações no gene RET, tornando-se mais uma alternativa de tratamento para tumores raros
No final do último ano, o FDA americano aprovou o pralsetinibe aos pacientes adultos e pediátricos a partir de 12 anos de idade com câncer medular de tireoide avançado ou metastático com presença de mutação em RET, os quais requerem terapia sistêmica, ou aos pacientes com câncer de tireoide com fusão de RET que necessitam de terapia sistêmica e são refratários ao iodo radioativo.
A eficácia foi investigada no ARROW, um ensaio clínico multicêntrico, aberto, multicoorte, que recrutou pacientes com tumores que continham alterações no gene RET. A identificação dessas alterações foi determinada prospectivamente em laboratórios locais usando NGS (Next Generation Sequencing), FISH ou outros testes.
Os principais desfechos foram a taxa e a duração da resposta determinadas por um comitê de revisão cego e independente usando RECISTv1.1. A eficácia para o tratamento do câncer medular de tireoide avançado ou metastático com mutação em RET foi avaliada em 55 pacientes que receberam tratamento prévio com cabozantinibe ou vandetanibe. A taxa de resposta geral para esses pacientes foi de 60% e 79% que responderam ao tratamento tiveram respostas que duraram seis meses ou mais.
A eficácia também foi avaliada em 29 pacientes com câncer medular de tireoide avançado ou metastático com mutação em RET que não receberam tratamento prévio com cabozantinibe ou vandetanibe. A taxa de resposta geral para esses indivíduos foi de 66% e 84% dos pacientes tiveram respostas que duraram seis meses ou mais.
A eficácia para pacientes com câncer de tireoide positivo para fusão RET foi avaliada em 9 pacientes refratários ao iodo radioativo. A taxa de resposta geral foi de 89% e todos os pacientes que responderam tiveram respostas que duraram 6 meses ou mais.
As reações adversas mais comuns (≥ 25%) foram obstipação, hipertensão, fadiga, dor musculoesquelética e diarreia. As anormalidades laboratoriais de grau 3-4 mais comuns (≥ 2%) foram linfopenia, neutropenia, anemia, plaquetopenia, hipofosfatemia, hipocalcemia, hiponatremia, aumento da aspartato e alanina aminotransferases e aumento da fosfatase alcalina.
A dose recomendada de pralsetinibe em adultos e pacientes pediátricos com 12 anos ou mais é de 400 mg por via oral uma vez ao dia com o estômago vazio, sem ingestão de alimentos por pelo menos duas horas antes e pelo menos uma hora depois de tomar pralsetinibe.
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