A FDA concedeu no último dia 15 de agosto a aprovação acelerada para o entrectinibe (Rozlytrek®), para tratamento de pacientes adultos e pediátricos com uma variedade de tumores positivos para fusões no gene receptor de tirosina quinase neurotrófico (NTRK).
O Entrectinibe será utilizado em pacientes com tumores sólidos metastáticos ou localmente avançados que expressem NTRK e tenham progredido após tratamento prévio e também pode ser utilizada como tratamento de primeira linha na ausência de terapias efetivas. Ele é um inibidor seletivo de tirosina quinase desenvolvido para inibir a atividade quinase de proteínas TRK A/B/C e ROS1, é o segundo fármaco aprovado para tumores agnósticos NTRK+.
Após a aprovação do larotrectinibe, que foi aprovado pela FDA em 2018, no Brasil em julho de 2019. O medicamento é o terceiro agente a receber uma indicação agnóstica em relação ao tecido aprovada pela FDA. O primeiro, em 2017, foi o pembrolizumabe, indicado para tumores com alta instabilidade de microssatélites (MSI-H) ou deficiência no reparo de mismatch (dMMR).
A aprovação foi baseada nos resultados de uma análise integrada de dados de um conjunto de quatro estudos clínicos que incluiu dados de 54 pacientes com tumores sólidos positivos para fusão de NTRK localmente avançados ou metastáticos (10 tipos de tumores, mais de 19 histopatologias) e 53 com fusões que ativavam o gene ROS1.
Em pacientes com 10 tipos tumores sólidos NTRK+ tratados com o entrectinibe, a taxa de resposta global (ORR) foi de 57%. Entre os respondentes, 61% apresentaram redução do tumor por nove meses ou mais. Os tumores avaliados nos estudos com pacientes NTRK+ incluíram mama, colangiocarcinoma, carcinoma colorretal, ginecológico, neuroendócrino, CPCNP, câncer nas glândulas salivares, no pâncreas, sarcoma e câncer de tireoide.
Já para pacientes com CPCNP ROS1+ localmente avançado ou metastático tratado com entrectinibe, a ORR foi de 78%. Entre os respondentes, 55% apresentaram redução do tumor por doze meses ou mais. Os eventos adversos (EA) mais comuns incluíram fadiga, constipação, disgeusia, edema, tontura, diarreia, náusea, disestesia, dispneia, mialgia, comprometimento cognitivo, ganho de peso, tosse, vômito, febre, artralgia e distúrbios na visão.
Os EAs mais graves do entrectinibe foram falha cardíaca congestiva, efeitos no sistema nervoso central (comprometimento cognitivo, ansiedade, depressão incluindo pensamentos suicidas, tontura ou perda de equilíbrio e mudanças nos padrões de sono, incluindo insônia e sonolência excessiva), fraturas ósseas, hepatotoxicidade, hiperuricemia, prolongamento do intervalo QT e distúrbios visuais.
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