O Dr. Drilon lembrou que a fusão de NTRK é uma alteração pouco encontrada, ocorrendo em alta frequência apenas em neoplasias raras e sendo pouco frequente em tumores mais comuns, porém com grande relevância clínica. Essa fusão é alvo para dois inibidores de NTRK, larotrectinibe e entrectinbe, ambos com indicação agnóstica, podendo ser utilizados em quaisquer tumores com a alteração, independente do sítio primário ou do tipo histológico.
O oncologista ressaltou a expressiva eficácia dessas medicações, com taxas de resposta de 81% para o larotrectinibe e 57% para o entrectinibe, ambos com atividade em sistema nervoso central.
Além disso, essas medicações não só mostraram atividade importante, mas também um perfil de toxicidade favorável. Ambas parecem bem toleradas e apresentam baixas taxas de redução de dose e de descontinuação, permitindo que se mantenha a doença oncológica controlada por muito tempo, sem grande impacto em qualidade de vida.
No entanto, o Dr. Drilon chamou a atenção para o eventual desenvolvimento de resistência a esses inibidores, que parece se dar principalmente pelo surgimento de mutações nos genes NTRK1/2/3, muitas vezes alterando o domínio de tirosina quinase da proteína codificada. Pensando nesses mecanismos, duas novas medicações estão em desenvolvimento para contra-atacar possíveis resistências, ambas com bons resultados preliminares.
Como mensagem final, o oncologista enfatizou que é fundamental pesquisar essas alterações em todos os pacientes, uma vez que, apesar de rara, o impacto clínico da mesma pode ser expressivo.
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