Neste vídeo, a Dra. Fernanda Lemos, Médica Hematologista do HCor., compartilha insights valiosos sobre o estudo MAJESTEC-1, que investigou o teclistamabe em monoterapia para pacientes com mieloma múltiplo recidivado/refratário e triplo-expostos. Este estudo foi apresentado na conferência da European Hematology Association – EHA® 2024. Acesse e confira na íntegra!
Durante os dias 13 e 16 de junho de 2024, ocorreu a conferência anual da European Hematology Association – EHA®, um dos principais eventos em onco-hematologia e hematologia do mundo. Este ano, a cobertura da Med.IQ contou com a participação especial da Dra. Fernanda Lemos, que abordou os principais destaques do evento.
Neste vídeo, Dra. Fernanda comentou sobre o estudo MajesTEC-1, que avaliou a eficácia e a segurança do teclistamabe em monoterapia em pacientes com mieloma múltiplo recidivado/refratário triplo-expostos, ou seja, já expostos as classes de inibidor de proteassoma, imunomodulador e anticorpo anti-CD38, agora com uma mediana de acompanhamento de 30 meses. A taxa de resposta global de 63% foi sustentada nesse período, com 46% dos pacientes alcançando resposta completa ou melhor, sendo 38% resposta completa estrita. Pacientes que atingiram resposta completa apresentaram melhores desfechos clínicos, com as medianas de tempo de duração do tratamento e de sobrevida livre de progressão ainda não alcançadas.
Continuando a avaliação em linhas mais precoces, previamente publicada no HEMO 2023 pelo Dr. Niels van de Donk, a subpopulação tratada com teclistamabe com 3 ou menos linhas de terapia prévias trouxe neste novo acompanhamento uma mediana de sobrevida livre de progressão de 21,7 meses, com aumento interessante, quando comparada a 18 meses no acompanhamento anterior. Dra. Fernanda destacou a importância desse resultado, uma vez que 90% dos pacientes eram refratários à última linha de tratamento e ao anti-CD38, população na qual se espera desfechos de sobrevida livre de progressão inferiores. Mesmo entre os pacientes de alto risco, como citogenética de alto risco e pacientes penta refratários, a taxa de resposta foi similar à observada na população geral do estudo.
Além disso, não houve aumento na taxa de descontinuação por eventos adversos, que permaneceu menor que 5%, também não foram identificados novos eventos adversos. Dra. Fernanda argumentou que este resultado pode ser atribuído a crescente experiência da comunidade médica que vem utilizando a medicação, especialmente no manejo de infecções através da profilaxia com antibióticos e da reposição de imunoglobulina.
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