IMbrave050: análise dos dados de eficácia, segurança e desfecho relatados pelo paciente (PROs) em casos de carcinoma hepatocelular (CHC) com alto risco de recorrência após ressecção ou ablação - Oncologia Brasil

IMbrave050: análise dos dados de eficácia, segurança e desfecho relatados pelo paciente (PROs) em casos de carcinoma hepatocelular (CHC) com alto risco de recorrência após ressecção ou ablação

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Neste vídeo, Dra. Renata D’Alpino, oncologista clínica do Centro Paulista de Oncologia e diretora científica do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), apresenta os dados do estudo IMbrave050 que demonstra a eficácia do uso combinado de atezolizumabe (anti-PDL-1) e bevacizumabe (anti-VEGF) em pacientes com CHC com alto risco e o impacto na avaliação PRO. Vale a pena conferir o conteúdo completo! 

 

Diversos estudos têm mostrado que a combinação de inibidores de checkpoints imunológicos (ICI) e inibidores de angiogênese como o anti-VEGF, são uma alternativa promissora para o tratamento de diversos tipos de câncer. 

Nesse contexto, os resultados do ensaio clínico de fase III IMbrave050 demonstraram a eficácia e segurança da combinação entre atezolizumabe (anti-PD-L1) e bevacizumabe (anti-VEGF) no tratamento de carcinoma hepatocelular com alto risco de recorrência     após ressecção ou ablação. Durante a conferência da American Society of Clinical Oncology – ASCO 2023® os autores apresentaram os dados de eficácia, segurança e resultados de desfecho relatados pelos pacientes (PROs) 

O estudo incluiu 668 pacientes divididos em dois braços com 334 pacientes cada: o braço A, que recebeu atezolizumabe (1200mg) e bevacizumabe (15mg/kg) IV a cada 21 dias por 17 ciclos ou 12 meses, e o braço B, no qual os pacientes foram mantidos em regime de vigilância ativa da doença por um ano.       

A população com intenção de tratamento (ITT) apresentou o tempo médio de acompanhamento de 17,4 meses (data de corte clínico: 21 de outubro de 2022), com significativo aumento na sobrevida livre de recorrência no braço A em relação ao braço B (HR 0,72 (95% CI: 0.56, 0.93; P = 0.0120). A incidência de efeitos adversos de grau 3 ou 4 foi de 41% em 332 pacientes avaliados no grupo tratado (A) e de 13% de 330 pacientes avaliados em vigilância ativa (B). 

Para avaliar mudanças no status de saúde global e qualidade de vida, bem como a função física, ocupacional, emocional e social relatados pelos pacientes ao longo do estudo (do inglês, patient reported outcomes – PROs), o questionário IL42–EORTC QLQ-C30 foi aplicado antes do primeiro ciclo e a cada ciclo ímpar de tratamento (braço A) ou acompanhamento (braço B) até o 17º ciclo.  

Não foram observadas diferenças significativas nas funções físicas, ocupacionais, emocionais e sociais ou no status de saúde global e qualidade de vida entre os pacientes dos dois grupos do estudo, assim como também não foram relatadas deteriorações clinicamente significativas no status de saúde global e qualidade de vida em qualquer momento do estudo. 

Dessa forma, os resultados demonstram a eficácia e segurança do tratamento utilizando a combinação de atezolizumabe e bevacizumabe no tratamento de pacientes com carcinoma hepatocelular com alto risco de recorrência, além de destacar que não houve implicações negativas na qualidade de vida dos pacientes (PROs) em relação à vigilância ativa. 

Neste vídeo, a especialista apresenta os resultados desse estudo de forma detalhada e aborda como esses resultados impactam a prática clínica.  

Acesse e confira o conteúdo na íntegra!   

    

 

 

 

Referência:  Kudo et al. Efficacy, safety and patient reported outcomes (PROs) from the phase III IMbrave050 trial of adjuvant atezolizumab (atezo) + bevacizumab (bev) vs active surveillance in patients with hepatocellular carcinoma (HCC) at high risk of disease recurrence following resection or ablation. J Clin Oncol 41, 2023 (suppl 16; abstr 4002). Doi: 10.1200/JCO.2023.41.16_suppl.4002 

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