Neste vídeo, o Dr. William William, Oncologista Clínico de Tórax e Cabeça e Pescoço e Professor Adjunto Associado do MD Anderson Cancer Center, comenta os resultados da análise exploratória do estudo IMpower010 apresentados na conferência anual da American Society of Clinical Oncology – ASCO 2023®. A análise exploratória do estudo demonstrou resultados consistentes, independentemente da mutação no gene KRAS.
O estudo IMpower010, aprovado pela ANVISA em novembro de 2021, refere-se ao uso de atezolizumabe (anti-PD-L1) como monoterapia para o tratamento de pacientes adultos com Câncer de Pulmão de Não Pequenas Células (CPNPC) após terapia adjuvante com quimioterapia à base de platina em pacientes com CPNPC em estádio II-IIIA. Essa mudança configurou um ganho de sobrevida livre de doença para esse grupo de pacientes (hazard ratio: 0,79; 95%CI: 0,64–0,96; p=0,020). No entanto, sabe-se que mutações em KRAS (mKRAS) é um dos drivers mais comuns nesse tipo tumoral (~27%). Diante disso, como forma de validar a eficácia do esquema proposto no IMpower010, o estudo conduziu análise exploratória de sobrevida livre de doença nos subgrupos de mKRAS, independentemente do tipo de mKRAS.
Foram incluídos 1005 pacientes, dos quais 536 apresentaram elegibilidade para essa análise e possuíam sequenciamento do exoma tumoral. Após ressecção completa, esses pacientes receberam entre 1 e 4 ciclos de quimioterapia e, em seguida, foram randomizados em grupo atezolizumabe (n=270; 16 ciclos) e BSC (Best Supportive Care; n=266). A prevalência de mKRAS foi de 22% (n=118) e de KRAS G12C de 10% (n=52). Em todos os subgrupos, o tratamento com atezolizumabe apresentou ganho de sobrevida livre de doença em comparação ao grupo BSC, independentemente de mKRAS e/ou status de PD-L1. Destaca-se ainda que no grupo mKRAS, a mediana de sobrevida livre de doença não foi alcançada em atezolizumabe e foi de 25,2 meses em BSC, resultando em hazard ratio de 0,56 (95%CI: 0,32-0,99).
Os resultados apresentados nessa análise exploratória do estudo IMpower010 demonstram consistência do ganho de sobrevida livre de doença em subgrupos de maneira independente ao status de mutação no gene KRAS.
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