Imunoterapia em Melanoma: Combo ou monoterapia? - Oncologia Brasil

Imunoterapia em Melanoma: Combo ou monoterapia?

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Dr. Rodrigo Munhoz, do ICESP e Hospital Sírio Libanês de São Paulo, comenta sobre as atualizações do estudo fase III CheckMate 067 em melanoma avançado, apresentadas na ESMO de 2018. O estudo incluiu 3 braços: nivolumabe mais ipilimumabe (“combo”), nivolumabe monoterapia e ipilimumabe monoterapia – tendo como objetivo a comparação dos braços de nivolumabe versus ipilimumabe (sendo exploratória a comparação do combo com nivolumabe monoterapia).

Já era conhecida a vantagem de se usar combo ou nivo versus ipi, e os dados atuais apontaram para uma superioridade numérica (ainda não significativa do ponto de vista estatístico) do combo versus nivolumabe: o combo promoveu uma taxa de Sobrevida Global de 53% em 4 anos – 7% a mais que os pacientes do grupo nivolumabe monoterapia. Importante lembrar que a toxicidade da combinação é maior que a de nivolumabe monoterapia (50-55% de eventos adversos graus 3 e 4 versus 15-20% com a monoterapia).

O Dr. Rodrigo conclui que, apesar do estudo não esclarecer todas as dúvidas de conduta, os pacientes que necessitam mais da combinação podem ser aqueles com maior necessidade de resposta ou com comprometimento de sistema nervoso central, ao passo que muitos pacientes podem se beneficiar de anti-PD1 em monoterapia. Mais dados sobre o tema são aguardados.