A importância da pesquisa clínica para o crescimento e o desenvolvimento da saúde no Brasil é inquestionável. É por meio de estudos científicos que surgem novas formas de diagnóstico e tratamento, capazes de prevenir, identificar e curar sintomas e doenças. O módulo de Pesquisa Clínica, portanto, encerrou o IV ECIP Virtual em grande estilo, mostrando o cenário atual, desafios e estratégias para maior expansão de programas da pesquisa clínica no Brasil.
Dr. Gustavo Girotto, Investigador Principal do CIP, Diretor Científico do Serviço de Oncologia Clínica do HB/FAMERP e Membro do Comitê de Pesquisa Clínica da SBOC, liderou os dois blocos de discussão com Dra. Greyce Lousana, Dra. Kamylla da Silva Caldeira, Dr. Ruffo de Freitas Júnior, Dr. André Murad, Dr. Fabio Franke e Dr. Carlos Barrios.
A primeira palestra, sobre as estratégias dos centros de pesquisas para acelerar o processo regulatório no Brasil, coube à Dra. Greyce Lousana, Bióloga e Médica Veterinária, Diretora Executiva da Invitare Pesquisa Clínica, Fundadora e Presidente Executiva da Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica. Na sequência, Dra. Kamylla da Silva Caldeira, Bióloga, mestre em Biologia Celular, coordenadora de Pesquisa Clínica no CIP do Hospital de Base de São José do Rio Preto, compartilhou dicas sobre a análise de contrato e do orçamento para tornar o seu centro de pesquisa sustentável. Segundo a especialista, além de conhecer todos os protocolos, custos e preços, a análise jurídica também é muito importante a fim de verificar se os termos do contrato estão de acordo com a legislação e garantir os direitos da instituição, dos investigadores e participantes da pesquisa.
Após as duas aulas iniciais e a discussão específica sobre o tema anteriormente abordado, Dr. Gustavo Girotto moderou um Painel de Especialistas para discutir as maneiras de supervisionar os estudos clínicos tendo outras atividades atreladas à carreira. Foram convidados para esse debate o Dr. Ruffo de Freitas Júnior, Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás e Médico Titular do Hospital Araújo Jorge, Dr. Carlos Barrios, Oncologista Clínico do Grupo Oncoclínicas, e Dr. André Murad, Oncologista e Oncogeneticista da CETTRO Oncologia (DF), Prof. Adjunto Coord. de Oncologia da UFMG e Diretor Científico do GBOP.
O bloco final do evento seguiu o mesmo formato, com duas palestras, discussão e posterior Painel de Especialistas, dessa vez sobre as melhores estratégias para facilitar o gerenciamento de estudos tão complexos e competitivos. Dr. Carlos Barrios deu início, portanto, à sua aula sobre a participação e cooperação internacional em pesquisa clínica. Dr. Fabio Franke, oncologista clínico e presidente da Aliança, comentou em seguida sore as perspectivas atuais e futuras para o desenvolvimento da pesquisa clínica no Brasil. Segundo ele, a pesquisa clínica é de fundamental importância. Ela atrai investimentos e movimenta a economia de um país, atuando como alavanca de produção científica e inovação, fortalecendo o sistema e aumentando o acesso à saúde. O número de estudos iniciados no Brasil nos últimos anos, no entanto, diminuiu, de acordo com o oncologista, devido principalmente às dificuldades éticas e sanitárias do sistema regulatório. Ele finalizou contando que atualmente existe um esforço junto à Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) de aumentar a capacitação de novos centros de pesquisas clínicas no Brasil, abrindo mercado para novos profissionais e ampliando o acesso dos pacientes oncológicos.
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