Em estudo publicado pela revista Nature, foi constatado que exossomos contendo PD-L1 (proteína que suprime ativação de células imunológicas que combatem o câncer) são liberados por células tumorais, podendo silenciar a imunidade antitumoral em todo o corpo. Os resultados também mostraram que a taxa de PD-L1 associada aos exossomos pode funcionar como biomarcador de resposta ao tratamento.
A análise dos níveis exossomáticos de PD-L1 em pacientes com melanoma antes de iniciar o tratamento com pembrolizumabe – uma terapia anti-PD-1 – revelou que aqueles que falharam em responder ao tratamento tinham níveis iniciais significativamente mais altos de PD-L1 exossômico. Já os pacientes que responderam à droga mostraram um aumento no nível exossomal de PD-L1 logo após três a seis semanas do início do tratamento, o que os pesquisadores sugeriram refletir a resposta do câncer à reativação das células T – mas essa resposta não teve efeito duradouro ou prejudicial, pois a interação entre PD-L1 e PD-1 foi bloqueada pelo medicamento.
“Assim como os pacientes diabéticos usam glicosímetros para medir seus níveis de açúcar, é possível que o monitoramento de PD-L1 e outros biomarcadores nos exossomos circulantes possa ser uma maneira de médicos e pacientes com câncer vigiarem os tratamentos”, disse um dos pesquisadores do estudo.
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