Nova opção terapêutica para sarcomas avançados: Trabectedina é aprovada pela Anvisa - Oncologia Brasil

Nova opção terapêutica para sarcomas avançados: Trabectedina é aprovada pela Anvisa

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Novo tratamento apresenta benefício clínico comprovado em pacientes com sarcomas avançados de partes moles. 

 

A Anvisa aprovou recentemente a trabectedina para o tratamento de pacientes adultos com sarcoma avançado de partes moles, após falha de tratamento com antraciclinas e ifosfamida, ou para aqueles que não são elegíveis a esses agentes. A Dra. Andreia Melo, oncologista do INCA e do grupo Oncoclínicas, comenta que a aprovação representa um importante avanço terapêutico para uma doença rara e agressiva. “Os sarcomas de partes moles representam menos de 1% de todas as neoplasias malignas em adultos e podem surgir em diversas regiões do corpo, como extremidades, retroperitônio e útero”, afirma. 

A especialista explica que a trabectedina é uma quimioterapia citotóxica que atua diretamente no DNA, induzindo a morte das células tumorais. “Trata-se de um fármaco com forte respaldo em guidelines internacionais no manejo dos sarcomas avançados”, diz Dra. Andreia. O tratamento mostrou eficácia especialmente em subtipos como lipossarcoma e leiomiossarcoma, cujos pacientes, muitas vezes, já enfrentaram múltiplas linhas de quimioterapia. 

Dra. Andreia destaca os dados de um estudo de fase 3 que comparou trabectedina com dacarbazina em pacientes metastáticos. “Houve uma redução de 45% no risco de progressão ou morte, com mediana de sobrevida livre de progressão de 4,2 meses para trabectedina, frente a 1,5 mês com dacarbazina”, relata. A taxa de resposta objetiva foi superior (10% vs 7%), com benefício clínico observado em 34% dos pacientes tratados com trabectedina. A duração da resposta também foi mais longa: 6,5 meses, em comparação a 4,2 meses no grupo controle. 

Quanto à segurança, a especialista ressalta que os efeitos adversos foram compatíveis com os esperados para quimioterápicos clássicos. “Os eventos de grau 3 e 4 mais comuns foram mielossupressão e elevação transitória de transaminases”, explica. Para Dra. Andreia, a chegada da trabectedina ao cenário brasileiro amplia de forma significativa as possibilidades terapêuticas para um grupo de pacientes com necessidade urgente de novas opções eficazes. 

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