Novas opções terapêuticas para o câncer de ovário e de endométrio - Oncologia Brasil

Novas opções terapêuticas para o câncer de ovário e de endométrio

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Neste vídeo, Dra. Mariana Scaranti, oncologista clínica especialista em tumores ginecológicos do Grupo DASA, discute alguns trabalhos que foram apresentados na sessão de posters de oncoginecologia da Reunião Anual da ASCO de 2022

Atualmente, existem opções de tratamento limitadas para pacientes com câncer de endométrio avançado ou recorrente progredindo durante ou após quimioterapia à base de platina e seu prognóstico destes pacientes é geralmente ruim. Neste sentido, o primeiro trabalho comentado pela especialista comparou a eficácia do dostarlimabe, um anticorpo anti-PD-1, que foi avaliada na coorte de pacientes com câncer de endométrio dMMRP do estudo clínico de fase I, GARNET; em comparação com dados de uma coorte equivalente de pacientes de mundo real que receberam um tratamento não baseado em imunoterapia.  

Outro estudo interessante abordado, foi o estudo clínico de fase 3, PRIME, que avaliou o uso de niraparibe como manutenção em primeira linha, pós término de tratamento com quimioterapia baseada em platina, em pacientes com câncer de ovário avançado ou recém diagnosticado.  

Ainda comentando sobre tumores de ovário, o terceiro estudo abordado pela especialista é a análise interina do MOONSTONE/GOG-3032, de fase 2. Este estudo avaliou o uso de niraparibe, um anti-PARP, associado ao dostarlimabe, um anti-PD-1, no tratamento do câncer de ovário resistente à platina. A racional do estudo é baseada no pressuposto que inibidores de PARP, como niraparibe, podem aumentar a carga de neoantígenos e gerar um efeito sinérgico quando combinado com agentes anti-PD-1. 

A especialista também destaca dois estudos que estão em andamento e ainda não apresentaram resultados. Estes estudos são importantes por terem o potencial de responderem perguntas importantes no cenário de tratamento do câncer de ovário. São esses os estudos clínicos NIRVANA-R e AGO-OVAR 28/ENGOT-ov57.  

Por fim, Dra. Mariana comenta sobre a subanálise do estudo clínico DESKTOP III. Este estudo avaliou o papel da cirurgia de citorredução em um ponto mais tardio da jornada dos pacientes com câncer de ovário recidivado previamente tratados com quimioterapia.   

No vídeo, Dra. Mariana faz uma análise completa dos dados dos estudos citados acima, e comenta suas implicações na prática clínica. Vale a pena assistir e conferir o conteúdo completo! 

Referências: 

  1. Robert L. Coleman et al., Survival outcomes for dostarlimab and real-world (RW) treatment (tx) paradigms in post-platinum patients (pts) with advanced/recurrent (A/R) endometrial cancer (EC): The GARNET trial versus an external control arm from the Flatiron Health database. J Clin Oncol 40, 2022 (suppl 16; abstr 5593). DOI 10.1200/JCO.2022.40.16_suppl.5593 
  2. Rutie Yin et al., Efficacy of niraparib maintenance therapy in patients with newly diagnosed advanced ovarian cancer in phase 3 PRIME study: A subgroup analysis by response to first-line platinum-based chemotherapy. J Clin Oncol 40, 2022 (suppl 16; abstr 5551). DOI 10.1200/JCO.2022.40.16_suppl.5551 
  3. Leslie M. Randall et al., MOONSTONE/GOG-3032: Interim analysis of a phase 2 study of niraparib + dostarlimab in patients (pts) with platinum-resistant ovarian cancer (PROC). J Clin Oncol 40, 2022 (suppl 16; abstr 5573). DOI 10.1200/JCO.2022.40.16_suppl.5573 
  4. Jung-Yun Lee et al., A single-arm, phase II study of niraparib and bevacizumab maintenance therapy in patients with platinum-sensitive, recurrent ovarian cancer previously treated with a PARP inhibitor: Korean Gynecologic Oncology Group (KGOG 3056)/NIRVANA-R trial. 10.1200/JCO.2022.40.16_suppl.TPS5610 Journal of Clinical Oncology 40, no. 16_suppl (June 01, 2022) TPS5610-TPS5610. 
  5. Florian Heitz et al., AGO-OVAR 28/ENGOT-ov57: Niraparib versus niraparib in combination with bevacizumab in patients with carboplatin-taxane based chemotherapy in advanced ovarian cancer—A multicenter, randomized, phase III trial. J Clin Oncol 40, 2022 (suppl 16; abstr TPS5612). DOI 10.1200/JCO.2022.40.16_suppl.TPS5612 
  6. Sehouli, J. et al. Role of cytoreductive surgery for the second ovarian cancer relapse in patients previously treated with chemotherapy alone at first relapse: A subanalysis of the DESKTOP III trial. American Society of Clinical Oncology, 2022 ASCO Annual Meeting. Doi: 10.1200/JCO.2022.40.16_suppl.5520