O Dr. Murilo Luz, Uro-oncologista e pesquisador do Hospital Erasto Gaertner (Curitiba-PR), comenta atualizações relativas ao uso de darolutamida para pacientes com câncer de próstata não metastático resistente à castração e destaca os resultados do estudo ARAMIS, do qual é co-autor, apresentado no Genitourinary Cancers Symposium – ASCO-GU 2019, que ocorre de 14 a 16 de fevereiro, em São Francisco (EUA).
O estudo avaliou a eficácia de darolutamida em pacientes com câncer de próstata resistente à castração, mas que não apresentavam metástases detectáveis por métodos de imagem convencionais (cintilografia óssea e tomografias), comparando essa medicação com placebo, combinados a bloqueio hormonal. O Dr. Murilo ressaltou a positividade do desfecho primário de sobrevida livre de metástases, com importante redução de 59% na chance de metástases, bem como o benefício clínico, demonstrado por desfechos secundários, que a medicação parece trazer a esse grupo de pacientes.
O pesquisador lembrou também que, dada a já existente comprovação de eficácia de apalutamida e enzalutamida nesse cenário, uma importante análise do estudo foi aquela relacionada às toxicidades da darolutamida e como elas se comparam àquelas de outras medicações da mesma classe. Nessa análise, observou-se uma taxa de descontinuação de tratamento muito similar à do placebo, bem como uma baixa taxa de eventos adversos, especialmente cognitivos, hipertensão, quedas e fraturas. O Dr. Murilo reforçou que esses resultados devem levar à aprovação da darolutamida como nova alternativa de tratamento para esses pacientes.
Para acessar a publicação do estudo ARAMIS no NEJM, clique aqui.
Alameda Campinas, 579 – Jardim Paulista, São Paulo – SP, 01404-100
CEO: Thomas Almeida
Editor científico: Paulo Cavalcanti
Redatora: Bruna Marchetti
© 2020 Oncologia Brasil
A Oncologia Brasil é uma empresa do Grupo MDHealth. Não provemos prescrições, consultas ou conselhos médicos, assim como não realizamos diagnósticos ou
tratamentos.